1° de Maio operário, internacionalista e pela revolução socialista
Declaração do Coletivo pela Refundação da IV Internacional (FLTI)
O sistema capitalista imperialista mundial se encontra numa de suas crises e bancarrota mais profunda, ainda maior do que a dos anos 30 do século passado. Desde o ano de 2008 estouraram num crash mundial os centros econômicos do poder imperialista, no qual se colocou à tona todo o parasitismo do capital financeiro.
Os capitalistas tinham roubado e colocado nos seus bolsos benefícios, utilidade e lucros que trabalho humano ainda não tinha produzido. Desde o ano 2008 e nas suas sucessivas crises, mais de 90 trilhões de dólares se esfumaram na economia-mundo, saíram do processo produtivo e foram para o bolso do 1% de parasitas que vivem de cortar títulos de suas ações a custo da fome e da miséria dos milhões de escravos e do saque dos povos oprimidos.
Eles, desde as cities de Londres, Wall Street, Paris, Frankfurt... tinham criado e recriado valores fictícios das hipotecas e dos títulos já sem valores nos tesouros dos estados aos quais eles mesmos tinham quebrado. Tem acumulado valores a futuro de commodities sem nenhum tipo de respaldo. Tinham extraído super lucros dos créditos com taxa 0% de juros que, longe de que sejam investidos no processo produtivo, os quais colocaram como lucros nos seus bolsos, parasitas!
Os maiores investimentos dos estados imperialistas e “subsídios” às empresas é na indústria da guerra. A inteligência artificial, a robótica, as comunicações, são só produtos colocados no ramo civil das fortes regalias dos estados da indústria militar. O sistema capitalista em decomposição o que desenvolve são forças destrutivas. Encheram o planeta de armas y de milhares de bombas nucleares que, sem dúvida, procuram um mercado para sua colocação e veda que não é mais do que a GUERRA. Essa é a empresa capitalista mais importante desta época. Estamos perante um sistema perverso que está cheio de desespero das grandes massas de trabalhadores do mundo e da civilização na barbárie.
As condições atuais para as massas são ainda mais graves e cruéis das que impulsionaram os trabalhadores no mundo aos grandes combates de classe internacionais no final do Século XIX pela jornada de 8 horas.
Mais de 262 milhões de migrantes marcham pelo mundo procurando um lugar no qual sobreviver. Eles se amontoam nas fronteiras da Europa, morrendo como animais no Mediterrâneo, que tem se transformado no túmulo dos párias do Século XXI. Tem colocado muros e expulsaram pais e famílias inteiras dos EUA, deixando seus filhos que nasceram lá numa prisão. Outros milhões de migrantes procuram um local onde sobreviver na África, perambulam na América Latina, como acontece agora nas fronteiras militarizadas do Chile e do Peru, e são utilizados como mão de obra escrava pelas cobardes e superexploradoras burguesias nacionais. Na China, na Índia, na Indonésia, no Vietnam... amontoaram milhões de operários em fábricas-cárceres que invejaria até o próprio Hitler.
As diversas rondas da crise deixaram mais de 800 milhões de desempregados e subempregados. Se no começo do Século XIX era a classe operária quem paralisava e muitas vezes destruía as máquinas, vendo-as como as causantes de sua escravidão, enquanto descobria, como foi, que seus inimigos e carrascos eram os capitalistas, agora, nesta época de decadência absoluta deste sistema podre, são os parasitas capitalistas e os banqueiros imperialistas, quem paralisa e destrói as máquinas. Eles são um peso já insuportável para a civilização mesma.
Os socialistas revolucionários afirmamos que, perante a situação de decomposição e falência do sistema capitalista, a classe operária e as grandes massas exploradas já não podem elevar seu nível de vida, nem muito menos conseguir novas conquistas, sem destruir e jogar no lixo da histórica esse modo de produção irracional. A classe operária nem sequer pode sobreviver se não volta a tentar, se não volve conquistar a vitória da revolução socialista, em primeiro lugar, nos países imperialistas centrais, sem organizar e planificar as forças destrutivas a nível mundial. Isso era pelo qual lutaram e morreram os Mártires de Chicago e milhões de trabalhadores em décadas de combate.
A verdade está à vista. Contra do que afirmam reformistas, burocracias sindicais e partidos que se dizem operários, mas são agentes do capital: toda conquista que se poça conseguir, produto de grandes lutas, se a classe operária não toma o poder, essas se perderão. Essa é a verdade.
Por isso, esse 1° de Maio encontramo-nos lutando novamente, não só pelas 8 horas que temos perdido na maioria do planeta, mas também pelo trabalho digno e inclusive para comer. Esse sistema capitalista já não pode dar nem sequer um prato de arroz aos seus escravos. Faz muito tempo que merece morrer.
Está destruindo e separando do aparato produtivo a mercadoria mais valiosa do planeta, a qual produz todas as riquezas existentes, que não é outra do que a força do trabalho.
A esquerda reformista e as burocracias sindicais que todos os dias traem as lutas operárias, se encontram fazendo atos comemorativos do 1° de Maio.
Relembram uma vez por ano do “socialismo” e do “internacionalismo militante”, quando todos os dias do ano se encontram de joelhos perante os estados capitalistas e perante setores das burguesias nacionais, procurando o “mal menor”, com o objetivo, como eles dizem, de “amplificar as democracias para que a classe operária possa melhorar seu nível de vida”. Para eles o socialismo é para os dias de “são nunca” e para os “dias de festivos”.
Não é estranho. Stalinistas, socialimperialistas e hoje, renegados da IV Internacional, querem ocultar perante as massas proletárias do mundo que eles foram, de forma direta, como fizeram o stalinismo se associando ao imperialismo (ou sendo usados como “escudos protetores” ou outros), os traidores e os Judas que entregaram as conquistas da tomada do poder pelas massas no Século XX. Ontem fizeram isso na ex URSS, na China, no Vietnam... e agora o fizeram espancando aos paus e encarcerando os famintos de Cuba, para entregar a ilha aos novos capitalistas. No meio da bancarrota do sistema capitalista mundial tem colocado o grito de guerra de “o socialismo não vai mais”, enchendo os bolsos de dólares como novos ricos associados com as transnacionais imperialistas.
E agora, após duas décadas do Século XXI, os novos e velhos reformistas já desdentados, chiam da “crise de subjetividade” das massas e da “falta de perspectiva socialista”. Falam de estarmos numa “nova época” de “restauração capitalista” neste século obscuro. Dizem isso quem encobre a entrega, uma por uma, das conquistas da classe operária mundial e traíram cada uma das lutas revolucionárias.
Falemos claro. Eles entregaram a ex URSS, uma das maiores fontes de matérias primas do plantea de gás e petróleo, que permitiu sobreviver e dar um respiro e sangue fresco nas veias escleróticas do Maastricht imperialista, colaborando de decisivamente com o eixo franco-alemão para colocar de pé uma divisão do trabalho em toda a Europa.
Eles, o stalinismo, que entregou o proletariado chinês ao mercado capitalista mundial em nome do “socialismo de mercado”. Encheram de maquiladoras e de transnacionais a China e introduziram no mercado mundial milhões de operários com salários de miséria, o qual empurrou o salário para baixo do proletariado mundial.
Estes traidores falam do “socialismo do século XXI” e mantiveram Venezuela totalmente submetida ao FMI e ao saque imperialista, enquanto deixaram milhões de famintos que hoje migram pelo continente americano.
Eles, a burocracia castrista devinda em nova burguesia, assestaram na classe operária latino-americana um dos golpes mais duros, entregaram a Cuba operária e camponesa ao imperialismo.
Vocês, senhores dirigentes, em nome do “socialismo” e da “luta anti-imperialista” encobriram o massacre e um dos maiores genocídios contra os explorados, executados pelo assassino Al Assad e Putin, que esmagaram a revolução síria fazendo o “trabalho sujo” para todas as potências imperialistas. Pintaram de “socialistas” os maiores açougueiros da classe operária mundial.
Vocês, burocratas sindicais e stalinistas, se encarregaram de desviar, trair e submeter cada um dos combates revolucionários aos seus carrascos que protagonizou a classe operária apesar de vocês, no Século XXI.
Graças a todos vocês é que se sustenta e não caiu ainda este podre sistema capitalista, pelo qual deixaram seu sangue e sua vida heroicamente os Mártires de Chicago e milhões de operários no mundo.
Nós, socialistas revolucionários, militantes da IV Internacional, denunciamos vocês “senhores dirigentes”, a vocês que faz muito tempo negociaram o sangue dos Mártires de Chicago e entregaram uma por uma as conquistas do proletariado internacional.
Afirmamos que a crise da classe operária é a superabundância de direções traidoras, compradas pelo capital parasitário na história.
Apesar da ofensiva do sistema capitalista e seus regimes e governos...
Apesar de mil e uma traições...
A classe operária mundial apresenta batalha
Arde a França.
Antecipa-se o “Maio em Paris”.
“A primavera revolucionária está chegando”
Com essa declaração e esse chamado, a aguerrida e combativa classe operária da França receberá esse 1° de Maio. Os olhos do proletariado europeu e mundial olham essa ofensiva revolucionária da classe operária do país imperialista, como ontem o faziam com os levantes dos operários dos EUA me defesa do povo negro, contra Wall Street e os supremacistas brancos.
A classe operária dos países centrais tem a chave da vitória dos levantes dos milhões de escravos das colônias e semicolônias.
Há três meses, a classe operária francesa se encontra em estado de insurgência. Sua luta em defesa das pensões se transformou numa luta política de massas que, nos choques diários com a polícia, pugna por derrotar nas ruas o governo Macron e todo o alicerce contrarrevolucionário da V República imperialista.
Igual que no Maio de 1968, os combates da classe operária francesa voltam a colocar na ordem do dia a heroica Comuna de Paris de 1871, quando o jovem proletariado mundial demonstraba que podia tomar a cidadela do poder em suas mãos.
As burguesias imperialistas lançaram toda a falência de seus bancos e seu capital financeiro nas costas dos seus trabalhadores para que sejam eles quem paguem pela crise e suas perdas.
A classe operária é a vanguarda dos enormes combates da classe com os quais acorda novamente o proletariado dos países imperialistas de Maastricht.
Enormes greves do transporte aconteceram na Inglaterra. A saída dos trabalhadores da saúde, do transporte público e de toda a administração pública na Alemanha encurralou essa canalha burguesia imperialista.
Está-se combatendo nas ex repúblicas soviéticas, hoje colonizadas pelo imperialismo.
Desde o Leste Europeu, começaram as rebeliões da classe operária das ex repúblicas soviéticas. O combate de ontem na Georgia voltou a se recrudescer no Cáucaso e na Arménia. O poderoso proletariado petroleiro de Cazaquistão entrou ao combate, o fazia junto da classe operária da Bielorrússia.
Foi o chacal de Moscou, o assassino contrarrevolucionário Putin, quem saiu em defesa dos negócios dos capitalistas e o imperialismo nestas nações já colonizadas. Ontem fez isso massacrando na Síria e hoje o faz invadindo a Ucrânia, esmagando nações oprimidas como também fez anteriormente com o genocídio na Chechênia.
A classe operária está em pé de luta e não se rendeu! Apresenta batalha!
O combate das massas do Oriente Médio: enormes energias revolucionárias, cruéis traições
Entre as derrotas e o massacre na Síria e no Iêmen e uma nova ofensiva de luta na região
Apesar do massacre na Síria e no Iêmen, a classe operária do Oriente Médio continua com sua ofensiva contra o capital e seus regimes e governos das petroleiras imperialistas.
Nessa região, na Síria martirizada por Putin, Al Assad e os ianques, mais de 600.000 mortos caíram assassinados e 11 milhões ficaram como refugiados. Num verdadeiro genocídio, que culminou com a partição dessa nação oprimida, enquanto centenas de milhares estão desaparecidos ou torturados e presos nos cárceres e campos de concentração.
Na Síria, como no Iêmen ou na nação palestina, morrem diariamente os mártires de Chicago. São os setores mais explorados do proletariado mundial, que “ousaram” se levantar contra seus opressores.
O poderoso proletariado iraniano no centro de combate dos operários do Oriente Médio
Mas essa luta não acabou. No Irã, uma enorme greve de todos os operários do petróleo, do gás e das petroquímicas, um dos batalhões chave do proletariado do Oriente Médio, tomaram a direção do combate contra o regime assassino da teocracia iraniana. Eles lutam pelo pão. Levantam as demandas de todos os setores oprimidos, da juventude, da mulher trabalhadora, dos camponeses pobres e dos povos oprimidos nessa nação.
O movimento operário iraniano já compreendeu que se não derrota o regime infame, os de cima continuarão vivendo como reis e os de baixo como mendigos.
Também combatem no Líbano contra a roubalheira do governo do Hezbollah, aliado da arqui-reacionária burguesia maronita, lacaia do imperialismo. A classe operária não recuou nem na Tunísia e nem na Argélia.
No Iraque as massas insurrecionadas entram na cidadela do poder...
Um levante revolucionário gêmeo da sublevação dos explorados de Sri Lanka.
No Iraque, as massas exploradas chegaram muito longe. É um dos países de maior produção petrolífera e de energia, e não existe eletricidade nas moradias populares, nem água e nem pão. Um milhão de mortos deixou a invasão ianque. A classe operária norte-americana e a resistência iraquiana expulsaram o invasor e agora os explorados vão pelo seu. Ocuparam a “Zona Verde” e a casa do governo. Muito longe chegaram as massas... Entraram na cidadela do poder, o que jamais sonharam com chamar a fazer as cobardes burguesias nacionais e nem as direções traidoras das organizações operárias do mundo,
As massas do Oriente Médio não se renderam. Apesar do enorme massacre e das traições, se mantêm em posição ofensiva. O combate pelos Estados Unidos Socialistas do Magreb e do Oriente Médio é a única saída ao genocídio e ao martírio das massas da região.
Em Sri Lanka se desenvolve o combate mais avançado contra o FMI e o saque imperialista
Meses atrás, as massas operárias e populares de Sri Lanka, cansadas do saqueio do FMI e dos planos de fome do seu governo, ocuparam a cidadela do poder, expulsaram o presidente, e até tiraram selfies na cama dele. Como foi dito, o mesmo tinha acontecido no Iraque meses antes.
Tão longe assim chegou a classe operária nesta investida revolucionária. Mas, o proletariado na sua espontaneidade não está educado e nem preparado, sem um partido revolucionário na sua frente, para tomar o poder, para ficar na cidadela do poder que já tinha ocupado, para conquistar a Comuna com uma revolução vitoriosa dos de baixo.
Os explorados chegaram ai, tão longe, até onde nunca quis que chegassem as direções traidoras dos velhos stalinistas reciclados, dos renegados do marxismo, dos liquidadores do trotskismo e novas variantes de todo tipo de reformismo.
Neste 1° de Maio, a classe operária negra se nega a ser escravizada
Hoje na África do Sul se sublevam contra seus carrascos do Congresso Nacional Africano, sustentado pela nova burguesia milionária surgida das entranhas do velho Partido Comunista Sul-africano.
Esse país foi abalado por uma greve geral que colocou na ordem do dia a queda de Ramaphosa, o presidente da burguesia negra que administra os negócios das transnacionais e dos possuidores da terra dos brancos do velho Apartheid. O governo do CNA, sustentado pela burguesia negra escravista e pelo stalinismo, ataca seu próprio povo e enfrenta aos trabalhadores sul-africanos contra os milhares de migrantes de Zimbábue, Moçambique e todo o Sul da África, jogando neles a culpa do desemprego e da miséria... UMA INFÂMIA! São as transnacionais e seus políticos corruptos quem afundaram a nação!
A classe operária da África do Sul vem de combater nas grandes mineradoras da AngloAmerian; com greves e lutas nas ruas que deixou ferido de morte o anterior governo de Zuma... Os trabalhadores do Sul da África estão na cabeça da luta de todo o continente junto com o proletariado negro dos EUA, estão destinados a serem a vanguarda do proletariado negro em todo o planeta. O combate pelas Repúblicas Negras operárias e camponesas do Centro e Sul da África está na ordem do dia.
Combates generalizados das massas e ofensiva anti-imperialista na América Latina
Enormes traições e enganações do reformismo para tirar as massas das ruas
O imperialismo ergue o chicote do fascismo
Nos últimos anos, com greves gerais revolucionárias, enormes combates de barricadas, insurreições espontâneas, choques com a soldadesca e as polícias assassinas, se sublevaram, país por país, milhões de explorados na América Latina.
Explorada e saqueada pelo FMI, a banca imperialista e as transnacionais que expropriam suas riquezas, América Latina foi levada à prostração e suas massas exploradas a sofrerem os piores padecimentos.
O imperialismo ianque pisou seu “quintal”. Veio pelos minerais, pelo gás, pelo petróleo, pelo lítio, pela agroindústria e todas as fontes de matérias primas. No meio de sua luta com o restante das potências imperialistas da Europa do Maastricht, isso é o que precisam os EUA para disputar seu domínio no mercado mundial e para avançar em recolonizar, como o fará a sangue e fogo, na China e na Rússia para sair da sua bancarrota e crise histórica.
Para manter seu domínio no planeta, os ianques precisam em primeiro lugar o controle político em militar dos governos que sejam seus agentes diretos na América Latina. Encheram o continente de bases militares no Chile, na Colômbia, na Honduras, no Peru e algumas secretas como no Paraguai. Também possuem uma base militar nas Ilhas Malvinas.
Ontem no Chile, na Colômbia, no Equador, na Bolívia e como vemos recentemente no Peru, a valente classe operária e os camponeses pobres da América Latina encurralaram e colocaram em crise os governos do imperialismo na região.
Os trabalhadores da América Latina arrastavam o lastre que impôs essa estafa da “Revolução Bolivariana”, que acabou entregando Cuba ao imperialismo, submetendo a Venezuela ao FMI e deixando a Bolívia nas mãos do golpe fascista, com Morales e os “bolivarianos” se rendendo e escapando, deixando as massas submetidas aos piores massacres como em Senkata e Sacaba. Se renderam como fez hoje Castillo perante o golpe das bases ianques e do Congresso fantoche no Peru, enquanto o exército e a polícia assassinavam mais de 70 trabalhadores e jovens sublevados, para ficar com a renovação dos contratos dos minerais e com o lítio.
Apesar disso e contra isso, uma segunda onda de ofensiva revolucionária então chacoalhou o subcontinente nos últimos anos. O mais recente destes combates, como dissemos, o protagonizaram os operários e os camponeses peruanos. Antes, a Colômbia sublevada apresentou batalha contra o regime das bases militares. No Equador, o governo Lenin Moreno tinha fugido da capital, Quito, que foi ocupada pelo levante dos operários e camponeses. No Chile se incendiava Santiago como hoje se incendeia Paris e, igual foi na Praça Tarhir no Cairo, Egito, que ocupavam a Praça da Dignidade e A Alameda. A classe operária também entrava no combate aberto contra Bolsonaro e seu governo arqui-reacionário no Brasil no ano passado. Enquanto, com o grito de “Agora sim, guerra civil!”, jogavam no lixo aos protagonistas do golpe fascista da Áñez e do Camacho na Bolívia.
Velhas armadilhas das frentes e dos governos de colaboração de classes do stalinismo e seus novos sócios ex trotskistas para tirar as massas das ruas
Com as frentes de colaboração de classes sustentadas pelo stalinismo, as burocracias sindicais e apoiados pelos renegados do trotskismo, com “cantos de sereias”, traíram as lutas e dividiram as ofensivas das massas, submetendo os explorados com as estafas das “Assembleias Constituintes” fantoches, de desvios eleitorais e de frentes com a burguesia que se conclamava “progressista”... Mas foi só graças à traição e a colaboração de todas as direções traidoras dos sindicatos e do movimento camponês que essas armadilhas conseguiram se impor provisoriamente.
Aqui e acolá fizeram recuar os embates das massas. Submeteram os explorados latino-americanos aos seus carrascos “democráticos”, aos mesmos que fazia muito tempo tinham se ajoelhado cobardemente perante os fascistas, como Lula no Brasil ou, como já dissemos, Morales na Bolívia e o Castillo no Peru. São estes governos os que continuam aplicando e ainda aprofundam os planos de fome do FMI, como faz Petro na Colômbia. Nada diferente do governo lacaio do imperialismo dos Fernández na Argentina, que levaram a classe operária deste país a penúrias inauditas.
Enquanto isso, o imperialismo mostra o chicote na janela. Disciplina todos seus agentes para que nem pensem em flertar com o povo ou mexer com seus negócios.
No Chile tem seu aluno exemplar, Boric, que, sustentado no stalinismo, militarizou todos os bairros operários e enviou tropas militares ao norte do Chile. Já antes tinha intervindo militarmente A Araucania. Nesse então, novas tropas do exército pinochetista se aproximam das fronteiras com Peru. Ai, já tratam como “delinquentes”, desde Santiago e desde Lima, os trabalhadores migrantes que só clamam poder voltar aos seus lares.
O mesmo fez a delinquente política e repressora Dina Boluarte no Peru. Militarizou as fronteiras com Chile com a desculpa de cercar alguns milhares de migrantes venezuelanos e haitianos que, como dissemos, só querem voltar aos seus países. Inclusive, querem regressar os párias do Haiti, um país afundado na barbárie, ocupado pela ONU, não é mais do que uma reserva de famintos.
O caso dos imigrantes não é mais do que uma desculpa. Dina Boluarte militarizou todas as fronteiras do Peru com Bolívia, Equador, Brasil e Colômbia e colocou todo o exército nas ruas.
Desta vez a desculpa com a qual o imperialismo e seus agentes do Chile, do Peru e também da Bolívia se preparam para esmagar operários imigrantes, não é que são “terroristas”, como falavam no Oriente Médio, mas são “delinquentes”. Sem dúvida, com estes aprestos militares contrarrevolucionários tratarão os operários chilenos e peruanos igual que hoje são tratados seus irmãos, os operários da Venezuela e do Haiti nas fronteiras.
O governo “esquerdista” de Boric e o governo bonapartista contrarrevolucionário de Dina precisam tirar as Forças Armadas às ruas para que os defendam, contra as massas que “ousaram” se sublevar contra seus carrascos em ações revolucionárias, os minerais como o lítio, o cobre e todos os negócios dos banqueiros imperialistas.
Nós, socialistas revolucionários, denunciamos os partidos reformistas, as burocracias sindicais e os que em nome do trotskismo sujaram suas bandeiras, apoiando os Boric, os Petro, os Lula, os Arce. Sustentaram esses novos governos cobardes pró-ianques das burguesias nacionais que só utilizam as massas para pechinchar tal o qual vantagem e moeda nos negócios como sócios menores do imperialismo.
Chamamos a romper a submissão da classe operária latino-americana com suas burguesias, seus regimes e governos de mentirosos e enganadores do povo, vestidos de “progressistas” enquanto recebem instruções das Embaixadas norte-americanas e dos centuriões das bases ianques. Nossos aliados não são nem Sander e nem Biden, sócios em Wall Street dos mesmos negócios que Trump e sua quadrilha, mas na classe operária norte-americana.
Lugar à unidade e a luta da classe operária do continente americano!
Uma alternativa histórica e presente: Socialismo ou barbárie. Revolução ou guerra.
Esse sistema perverso se mantem e se manterá pela guerra. O reformismo e as direções traidoras têm o cinismo de mentir aos trabalhadores colocando não só que pode melhorar seu nível de vida sem derrotar o sistema com o triunfo da revolução, mas também tem a desfaçatez de afirmar que as potências imperialistas em bancarrota “espalham seu domínio com a democracia”.
Estes dirigentes não são massacrados no Egito ou na Síria. Não são escravos numa fábrica da China, do Vietnam ou na Índia. Não são parte dos milhões de migrantes que não tem nem democracia e nem direitos na Europa imperialistas de Maastricht, constituindo um setor chave da classe operária desses países. Não são operários de Harlem. Não são trabalhadores esmagados pelo exército de Putin, nem morrem na Ucrânia ocupada pelas tropas brancas da grande Rússia contrarrevolucionária. Sua política é uma infâmia e uma enganação.
Em todo processo revolucionário essas correntes mentem às massas. Dizem que a revolução não começou, que se trata de “simples levantes impotentes”, quando na realidade se tratam de enormes ações independentes das massas que rompem os diques e as amarras que impõem a burguesia e as direções traidoras que já não podem controlar como antes, e também os explorados sublevados não o permitem.
Estafam os trabalhadores e seus próprios e honestos militantes. Querem que a classe operária acredite que uma revolução é só quando ela triunfa e não quando acontece na vida mesma, e que a maioria destas são traídas, derrotadas, desviadas.
Por que tanta mentira e jogo de palavras? Porque para o marxismo revolucionário quando se iniciam ações independentes das massas (como não deixa de acontecer em dezenas de estouros revolucionários), a tarefa central é combater por colocar de pé os organismos de duplo poder armados dos trabalhadores e dos explorados, derrotar as direções traidoras e abrir o caminho à vitória da revolução.
Não são só cobardes políticos; são traidores agentes do inimigo, que junto da burguesia fecham o caminho das massas para que elas não façam escarmentar seus carrascos. Assim, nos levantes revolucionários da América Latina abortaram toda tentativa de coordenar os combates das organizações sindicais em luta com a juventude rebelde e com os trabalhadores empregados e desempregados, e separaram o combate da classe operária dos levantes dos camponeses pobres. Esse é o papel destas direções.
Nas guerras levantam a bandeira da “paz” ou diretamente se colocam sob a disciplina militar da contrarrevolução. Marcharam com Al Assad e com Putin massacrando centenas de milhares de operários sírios aos que trataram de “terroristas”.
Denunciamos eles porque marcharam com os tanques de Putin, o novo aprendiz de Czar, que hoje invade a Ucrânia para reclamar, com sua partição, continuar sendo o guardião dos negócios do imperialismo e todas as ex repúblicas soviéticas e na mesma Rússia, enquanto se apropria de uma parte do território ucraniano, como fez antes com Chechênia, com Osetia do Sul, com sua invasão atual na Bielorrússia, etc.
Denunciamos eles por abandonar a luta pela independência das nações oprimidas, Os denunciamos porque ocultam que os que morrem na guerra da Ucrânia, os que empunham as armas, os que caem sob as bombas de Putin, são os operários ucranianos. Eles são os que lutam na guerra e os que morrem nos campos de batalha de sua nação ocupada.
Denunciamos eles e aos que se declararam “neutrais” por não apoiar incondicionalmente os jovens rebeldes que se sublevam em Moscou para não ingressar no exército para ir matar seus irmãos da Ucrânia.
Nós os denunciamos porque dizem à classe operária ucraniana que são “agentes da OTAN” e que “lutam para ela”. Miseráveis.
Essas correntes dizem ao proletariado ucraniano que não só devem derrotar a invasão de Putin, enquanto deve lutar necessariamente por derrotar no interior da Ucrânia o governo da oligarquia de Zelensky, que no meio da guerra tirou na retaguarda o salário e as conquistas de toda a classe operária. Além destas tarefas históricas, essas correntes exigem aos trabalhadores ucranianos, que enfrentam um dos exércitos mais poderosos do mundo que invade sua nação, que sejam eles os que derrotem a OTAN. Miseráveis.
A OTAN se derrota com a unidade da classe operária ucraniana e russa com todo o proletariado europeu. Na luta dos trabalhadores da França, da Inglaterra, da Alemanha está a derrota da OTAN,
Vocês, as burocracias sindicais e partidos socialimperialistas, são os que sustentam Maastricht e a OTAN, seus governos e regimes perante o ódio das massas que, igual que hoje, incendeiam Paris.
Vocês, lacaios do imperialismo europeu e da OTAN, são quem se nega a coordenar as lutas da classe operária de todo o continente para esmagar Maastricht e derrotar a máquina de guerra da OTAN.
Vocês diziam aos trabalhadores ucranianos e de toda a Europa que era possível construir um “Maastricht Social” ao serviço dos trabalhadores. Cínicos!
E hoje, todos vocês juntos deixaram a classe operária ucraniana sozinha para que seja massacrada pelo gendarme dos negócios dos capitalista na Eurásia, o açougueiro Putin, enquanto o imperialismo ianque esfrega as mãos para depois ficar ele com a maioria do montante.
Pela unidade da classe operária europeia desde Portugal até as estepes russas! Pela dorrota militar das tropas contrarrevolucionárias de Putin na Ucrânia! Lugar à classe operária e a juventude da Rússia!
Por uma Ucrânia soviética, operária e independente! Que volte a URSS revolucionária sem seus entregadores, o lixo stalinista! Que morram os “empresários vermelhos” e os escravistas de Pequim, organizadores dos negócios das transnacionais e dos maiores carrascos da classe operária do planeta!
Nem com a OTAM dos ianques e nem com a Europa de Maastricht do eixo franco-alemão! A França está em chamas e deve recuperar e conquistar a Comuna de Paris! Pelos Estados Unidos socialistas da Europa!
Sob as bandeiras da IV Internacional!
Nós, do Coletivo pela Refundação da IV Internacional-FLTI, chamamos neste 1° de Maio os trabalhadores do mundo a recuperarmos a maior conquista que tivemos os operários durante décadas e décadas nossa luta de diária foi em combates unitários da classe operária mundial. Foi assim, com o internacionalismo militante, que conseguimos todas e cada uma das nossas conquistas.
Foi a socialdemocracia e o stalinismo quem submeteu todos os dias nossas lutas aos regimes e as burguesias nacionais, tornando impotente nosso combate.
Em cada ofensiva das massas, os trabalhadores procuram unificar e coordenar suas lutas, inclusive internacionalmente. É a falta de uma direção revolucionária internacionalista a que impede conquistar isso. Que operário não procuraria lutar junto com a França sublevada? Que operário da Ucrânia invadida não deseja lutar com seus irmãos de Georgia, Cazaquistão e Bielorrússia que se levantam contra a fera Putin? Que operário chinês não procura sair de sua nação-cárcere, submetido pela fera burguesa contrarrevolucionária do partido dos “patrões vermelhos” de Pequim? Que operário da América Latina não procura unir a Praça da Dignidade com os trabalhadores do Peru e da Colômbia e com os operários de Mineápolis que gritavam “Dissolução da polícia!” e “Sem justiça não haverá paz!”?
Liberdade já para os presos políticos do mundo que estão nas masmorras dos regimes burgueses!
Liberdade aos presos sírios torturados! Liberdade já aos presos iranianos, que por centenas são levados executados diariamente pela teocracia contrarrevolucionária do Irã! Liberdade aos heroicos presos palestinos!
Liberdade já aos presos bascos e aos jovens anarquistas presos nos cárceres da Grécia!
Os trabalhadores do mundo conclamam justiça pelos massacrados da Colômbia, de Juliaca-Peru, de Senkaga e Sacaba (Bolívia).
Liberdade já aos presos das sublevações das massas do Chile, da Colômbia, do Peru!
Liberdade aos operários presos em Cuba que se sublevaram contra a fome e a escravidão que impuseram os “empresários vermelhos” que entregaram a ilha ao capitalismo!
Todos eles são um símbolo de luta pela liberdade de todos os presos políticos do mundo. Nosso combate é hoje junto deles como antes foi pelos nossos heróis, os Mártires de Chicago.
O capitalismo falido só prepara novas catástrofes sobre a classe operária e a civilização inteira. A luta entre as potências imperialistas pelo controle de um mercado mundial que se encolheu, com seus lucros ameaçados, levará a novas conflagrações militares, se a classe operária não o impede.
Mas, a última palavra não foi dita. O proletariado não saiu do campo de batalha, mas não tem a direção que merece para os heroicos combates que apresenta.
Mas, mil vezes acreditaram que enterravam a luta pela revolução socialista em mais de 170 anos, e mil vezes voltou a ressurgir essa luta pela revolução. Sem ela, a classe operária não vive. E para que ela viva, o imperialismo deve morrer.
A classe operária precisa distinguir quem é seu aliado e quem é seu inimigo, pois os maiores golpes vêm pelas costas e desde dentro de suas lutas.
Gerações anteriores do proletariado fizeram mil e uma tentativas de tomar o caminho da revolução socialista internacional. Não existe outra alternativa. E para isso precisamos colocar de pé e refundar o Partido Mundial da Revolução Socialista, a IV Internacional.
1° de Maio Operário, Internacionalista e pela Revolução Socialsita!
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