David foi militante e dirigente trotskista e revolucionário do Coletivo pela Refundação da IV Internacional / FLTI y porta-voz da Liga Operaria Internacionalista (LOI-CI) / Democracia Obrera, por mais de 20 anos.
Ele provinha de mais de uma década de luta da classe operária e de militância no MAS. A partir de nosso encontro com David, compartilhamos anos de combates, muitas vezes contra a corrente, e lutamos junto com ele, sem que o deixasse de fazer nem por um só dia da sua vida militante, sob o programa e as bandeiras da IV Internacional. David foi daqueles que combatem durante todos os dias da sua vida. Por isso foi um revolucionário imprescindível para a causa do socialismo e na luta pela refundação do Partido Mundial da Revolução Socialista.
Conhecemos o David nos anos de 2000/2001, combatendo juntos no estouro da revolução argentina, lutando para unir os trabalhadores empregados e os desempregados e por colocarmos de pé os organismos de duplo poder armados das massas.
Confluímos enfrentando a farsa da “Revolução Bolivariana” e a capitulação dos renegados do trotskismo perante ela. David foi parte do enorme fenômeno na vanguarda classista e combativa, que tinha feito sua experiência com diversas correntes internacionais que falavam em nome do trotskismo e seu programa, mas que dia após dia demonstraram ser seus entregadores e renegaram dele.
Com o David também nos encontrarmos juntos lutando com um programa revolucionário perante a revolução palestina que comovia o mundo naquela época. E depois confluímos com um programa e luta comum na revolução boliviana de 2003.
David, junto com outros militantes que vinham do MAS, fez sua a nossa luta por colocar de pé o primeiro reagrupamento internacional no ano 2001 depois da nossa ruptura com o PTS no ano de 1998, que foi o “Coletivo por uma Conferência Internacional do trotskismo principista", que foi o ponto de partida para a fundação da FLTI.
O camarada, após uma experiência com a LIT e o MAS, corrente da qual provinha, concordou com as conclusões e lições políticas tiradas por nossa corrente perante os acontecimentos convulsivos que foram a entrega pelo stalinismo da URSS e todos os ex estados operários.
Aprendemos juntos que não foi o trotskismo quem não tinha passado na prova da tragédia de ’89, mas quem não a tinha passado foram os renegados do seu programa e na convivência com o stalinismo durante décadas, o sustentaram.
David foi parte dessa vanguarda aguerrida que surgiu no começo do século XXI a nível mundial e já Argentina, da qual foi carne e sangue. Perante ela hoje dissemos que continuaremos sua luta para que, a partir da própria experiência, os trabalhadores façam seu o programa do marxismo revolucionário, pelo qual combateu durante décadas o camarada.
Assim como ele fez, o único privilégio que nós queremos é estar na primeira fileira do combate de nossos companheiros de classe.
Nós, companheiros de David Soria, nós, que dia após dia lutamos junto com ele por nossas convicções, só podemos saudar e ficar reconfortados, junto com sua família, pelas centenas de mensagens, homenagens, demonstrações se solidariedade e declarações perante seu falecimento, frito pelas organizações socialistas a nível internacional e da Argentina, de trabalhadores aguerridos da vanguarda da classe operária e organismos de direitos humanos que lutam pela liberdade dos reféns operários nas masmorras dos Estados assassinos. Ficamos muito emocionados pelas palavras de solidariedade dos familiares dos 43 normalistas desaparecidos do México, do companheiro Alberto Santillán, que está sempre presente, e da Comissão de Trabalhadores Condenados, Familiares e Amigos de Las Heras. Também, queremos destacar a saudação dos familiares dos assassinados de Senkata na Bolívia e a mensagem da mãe de Alfon, preso politico nas garras da monarquia, dentre outros.
Faremos menção e publicaremos cada um deles no suplemento especial de “O Organizador Operário Internacional”, na próxima edição.
Pois não nos têm surpreendido o carinho e respeito que têm pelo nosso companheiro, que milhares de vezes lutou por nosso programa audaciosamente, com valentia e honestidade perante as massas e demonstrou ser leal com a classe operária e um incansável lutador que estava eem todas as lutas decisivas e da vanguarda dos explorados, não só na Argentina, mas também a nível internacional.
Poderão ver que, núcleos revolucionários da Rússia, que combatem nas entranhas dessa nação contra açougueiro Putin, enviaram sua solidariedade, também os membros do Comitê de Luta dos mineiros de Marikana, que no ano de 2012 protagonizaram um dos maiores combates da África do Sul e de todo o sul do continente africano. Até hoje não deixam de chegar mensagens de apoio desde Oriente Médio e da resistência síria particularmente.
Saudamos as correntes da classe operária que sem compartilhar nossas posições políticas, tem oferecido sua solidariedade de classe perante esse duro golpe.
Também saudamos aos diversos camaradas que passaram pelas nossas fileiras em um ou em outro momento da nossa construção na classe operária internacional e na Argentina, e por conta das divergências políticas nos separamos, que enviaram sua solidariedade e reivindicaram a luta do companheiro David Soria, com quem compartilharam parte da sua vida militante.
Saudamos especialmente os operários de Paty, que durante mais de 20 anos sofreram e resistiram o assédio das patronais e das burocracias sindicais, e hoje, como se o tempo nada teria apagado, enviaram as condolências e homenagens ao “seu delegado”, como dizem para David, que agora partiu.
Para todos eles dizemos que esse espaço da luta na trincheira que ele deixa, contra o capitalismo e seus cúmplices, está e estará coberto por todos os seus companheiros que combatem e estiveram com o David até seu último fôlego.
Aos combatentes da revolução síria dizemos que daremos tudo para que o lugar de luta que deixa a partida do David na classe operária mundial para que os explorados façam sua essa heroica revolução, seja tomado nas suas mãos por uma nova geração de trabalhadores e jovens revolucionários.
Da resistência em Idlib e toda a Síria, onde a nossa corrente está enraizada no coração dessa vanguarda revolucionária, chegaram enormes mostras de solidariedade, tristeza, dor e compromisso perante o falecimento de sue companheiro.
Pela honra do companheiro Abu Al Baraa e de todos nossos camaradas caídos nas trincheiras de combate contra Al Assad, Putin e o imperialismo, não deteremos a luta para derrotar as milhares de calúnias e imundice jogadas pelos traidores contra a grandiosa revolução síria e seus partisanos.
Nós, da FLTI, sentimos muito próxima a saudação fraternal dos camaradas da JRCL-RMF do Japão e dos jovens Zengakuren. David levava para todas as marchas e mobilizações a bandeira que os operários de Tóquio enviaram em apoio a sua luta, na época que Paty foi atacada brutalmente pela patronal e pelo governo.
Recebemos solidariedade e apoio dos 5 continentes. Nossos pequenos núcleos revolucionários não lutaram em vão. Nossos camaradas são reconhecidos como fiéis combatentes do proletariado mundial.
Por isso, vai essa homenagem ao camarada David Soria e o nosso compromisso de luta contra a corrente para que a classe operária mundial decante o estado maior da revolução socialista Internacional e seus melhores combatentes, as forças para colocar de pé partidos revolucionários leninistas de combate que preparem a vitória das próximas insurreições triunfantes, que terminem por varrer esse sistema capitalista imperialista decomposto.
A luta de David pela Refundação as IV Internacional, longe ter acabado com sua partida, vai temperar nossas forças para dar vigorosos passos adiante.
Saudamos de novo a enorme similaridade que nos tem reconfortado. Saibam, as organizações de luta da classe operária, quem nos acompanhou nesse difícil momento, que contarão com todos nós, como sempre foi, para dar, embora seja, um passo juntos que permita à classe operária avançar contra o seu inimigo de classe.
Combater durante 20 anos junto com um valoroso revolucionário é para nós explorados um orgulho como militantes do Coletivo pela Refundação da IV Internacional / FLTI e da Liga Operária Internacionalista (LOI-QI) / Democracia Obrera.
Walter Montoya - Claudia Pafundi – Luchi – Pelado - Julián Juárez – Villacorta – Omar Mansilla - Fernando L. - Lourdes T. - Luisa Campos
Pela LOI-CI / Democracia Obrera
Alejandro Villarruel, por Avanzada Obrera “Lista Negra” del ARS
Paula Medrano - Abu Muad - James Sakala - Jussa Kudherezera - Carlos Munzer – Lourdes Fernández - Juan Sánchez - Milenka López – Cheo Navarro
Pelo Coletivo pela Refundação da IV Internacional / FLTI
Integrado por:
Periódico “A Verdade dos Oprimidos”, porta-voz dos socialistas da Síria y Oriente Médio
Liga Operária Internacional (WIL), de Zimbabwe
Democracia Obrera do Estado Espanhol
Liga Socialista dos Trabalhadores Internacionalistas (LSTI), da Bolívia
Núcleo Revolucionário Internacionalista (NRI), de Colômbia
Grupo Comuneros, de Colômbia (aderente da FLTI)
Comitê por Síria, de Rússia
Partido Operário Internacionalista – Quarta Internacional (POI-QI), de Chile
Comitê Revolucionário Operário e Juvenil pela Auto-organizção (CROJA), de Brasil
Liga Socialista dos Trabalhadores Internacionalistas (LSTI), de Peru
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