Cazaquistão - 19 de fevereiro de 2022

Apesar da intervenção contrarrevolucionária de Putin defendendo as petroleiras imperialistas, as massas do Cazaquistão mais uma vez saíram ao combate

As lutas dos trabalhadores se espalham no Cazaquistão

GREVE GERAL REVOLUCIONÁRIA!
O POVO QUER A QUEDA DO REGIME!

Em 15 de fevereiro, os operários do petróleo de Ozenmunaigas em Zhanaozen, berço do levante revolucionário em janeiro deste ano, fizeram greve novamente. Eles exigem um aumento de salários e a liberdade imediata e que parem com as torturas dos trabalhadores detidos no mês janeiro, bem como o fim de toda perseguição.

Orazbai Tursynbai, líder da greve dos operários petroleiros de 2011, disse à assembleia dos trabalhadores em luta: “Estamos tristes pelo fato de que a manifestação pacífica que começou em Zhanaozen em várias regiões do Cazaquistão se transformou numa tragédia. Nossas condolências às famílias das vítimas. Os detidos não são terroristas, exigimos que parem a tortura e que sejam libertados! Exigimos que as autoridades realizem reformas políticas. No entanto, repudiamos tudo o que é velho e estagnado. Novas mudanças são necessárias”.

Nesse mesmo dia os eletricistas e soldadores de Ozenmunaigas aderiram à greve, denunciando que, embora o trabalho no campo de petróleo também dependa do seu trabalho, eles recebem salários mais baixos. Trabalhadores desempregados também aderiram às ações de protesto e apresentaram suas demandas por trabalho digno.

Logo os trabalhadores de serviços públicos, motoristas de caminhão e trabalhadores de petróleo de outras jazidas, como Kalamkas, Buzachi, Zhetybay e trabalhadores das empresas de serviços dos campos petrolíferos de Aktau que enfrentam a precarização e terceirização trabalhista. Os perfuradores da Burgylau LLP, em greve desde dia 9 de fevereiro, exigem a nacionalização de sua empresa, que caiu nas mãos do oligarca e genro do presidente deposto Nazarbayev, Timur Kulibayev.
Trabalhadores comerciários, ferroviários da KTZh (Cazakhstan Railways), funcionários municipais da Tazalyk LLP e outras empresas, exigem um aumento salarial de 50% para 100% e afirmam que farão greve se suas reivindicações não forem atendidas.

Para que os trabalhadores do Cazaquistão tenham pão, trabalho e salários dignos: devemos expropriar sem pagamento e sob controle operário as empresas, a indústria e os recursos naturais que foram roubados pelos ex burocratas que se tornaram a nova classe proprietária, que entregaram a ex URSS ao imperialismo! É preciso expropriar sem pagamento e sob controle operário à British Petroleum, Exxon, Chevron, ArcelorMittal e todas as empresas e bancos imperialistas que roubam as riquezas da nação!

Liberdade imediata e incondicional de todos os trabalhadores detidos nas mobilizações! Chega de tortura! Tribunais operários e populares que julguem e punam os assassinos do povo!

Fora Tokayev, sucessor de Nazarbayev! O povo quer a queda do regime!
Fora as tropas russas do Cazaquistão! Dissolução da casta de oficiais assassinos do exército, lacaios do imperialismo!
Por um Cazaquistão soviético de operários e soldados vermelhos, sem ditadores nem capitalistas!
Por uma Federação das Repúblicas Soviéticas da Eurásia!

Nas ex repúblicas soviéticas, a OTAN e Putin não estão sozinhos. TAMBÉM LUTA DÁ BATALHA A CLASSE OPERÁRIA. O imperialismo e os oligarcas como Putin, Tokayev, estão aterrorizados com a sublevação das massas dos ex estados operários. Os trabalhadores do Cazaquistão mostram o caminho para impedir o massacre que ameaça a classe operária ucraniana.