Brésil -
Trotskismo vs. Stalinismo
Por uma estratégia proletária independente
Luta de classes, engano eleitoral e submissão da classe operária aos seus algozes:
o regime de dominação do imperialismo e dos capitalistas é fortalecido
Crônica de uma grande armadilha
e uma grande traição
Desmascarar essa grande armadilha e essa grande traição à classe operária brasileira e de todo o nosso continente é uma tarefa fundamental para os marxistas revolucionários. Nas palavras de Trotsky, os governos de colaboração de classes, como foi mesmo o de Kerensky com o Partido Cadete na Rússia após a revolução de fevereiro de 1917, são o penúltimo governo da burguesia antes do fascismo ou bonapartismo. Desmascarar essa pérfida política de apoio às frentes de colaboração de classes de um novo lote de menchevismo que saiu das próprias entranhas da Quarta Internacional, é uma obrigação de todo trotskista internacionalista que se orgulha de tal.
É disso que tratam as notas que apresentamos neste OOI sobre o Brasil, crônica de uma grande armadilha e de uma grande traição. Essas notas foram publicadas em diferentes momentos, desde fevereiro de 2022 quando a armadilha e o desvio eleitoral começaram a se instalar, até a crise política que a vitória eleitoral de Lula abriu no regime, até hoje quando, com o imperialismo, a embaixada ianque e Wall Street, eles acabam definindo quem deve governar por enquanto.
Em seguida, reproduzimos as várias declarações emitidas pelo Secretariado Internacional da Facção Leninista Trotskista Internacional e o grupo CROJA que a ele adere.
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Fevereiro 2022
ABAIXO A ARMADILHA ELEITORAL!
Basta de amarrar os trabalhadores aos patrões escravistas que se vestem de “progressistas”!
(Trechos da declaração editada pelo CROJA, Comitê Revolucionário Operário e Juvenil pela Auto-organização)
Para derrotar Bolsonaro:
É preciso romper a submissão aos capitalistas e preparar e organizar a Greve Geral!
Congresso de delegados de base de todas as centrais sindicais, de desempregados,
dos movimentos Sem-Teto e Sem-Terra!
O ano de 2022 deu início ao quarto e último ano do governo Bolsonaro que, ontem sob comando de Trump e hoje sob comando de Biden, aplica à risca o plano de Wall Street, o FMI e todas as transnacionais que saqueiam Brasil e o Mercosul.
O saldo disso é claro: 30 milhões de trabalhadores sem emprego, mais de 15 milhões de desempregados crónicos, avanços na reforma trabalhista e da previdência com sucateamento de conquistas e de convenções trabalhistas, além dos mais de 640 mil mortos pela COVID-19 em menos de dois anos. Somado com uma carestia insuportável, milhões de novos explorados morando na rua com suas famílias, assassinatos constantes de camponeses sem terra e de explorados negros na cidade. Isso sem contar as centenas de mortes perante os alagamentos por conta das condições subhumanas de vida como ficou claro nos desabamentos na Grande São Paulo e agora em Petrópolis, Rio de Janeiro, com centenas de mortos e desaparecidos.
Um verdadeiro massacre dos explorados dos morros e favelas do país. Enquanto os maiores bancos privados do Brasil lucraram bilhões de dólares contabilizando um aumento de 34,8% em 2021! (“Os três maiores bancos privados do Brasil registraram R$ 69,4 bilhões de lucro em 2021, em meio à pandemia...”, “BB, Bradesco, Itaú e Santander lucram R$ 157 bilhões...”, 15/02/2022, redebrasilatual.com.br)
Quem sustentou o chicote de Bolsonaro para que comece seu quarto ano no governo, se a cada día que passa o ódio dos explorados contra ele cresce e abriu caminhos de luta e resistência que diminuíram parcialmente com a pandemia de COVID-19? Foram Lula, o PT e as burocracias da CUT, CTB, FS, etc. Quem centrou sua política em “tirar Bolsonaro com as eleições de outubro”. Quer dizer, Bolsonaro deve ser suportado até 31 de dezembro, enquanto todos juntos sustentam cada um dos ataques, inclusive votando todas as leis nos parlamentos e aplicando elas nas governações. Ou alguém tem dúvidas que nos estados governados pelo PT como Bahia ou pelo PCdoB como é o Maranhão, impuseram os mesmos ataques que nos estados de Rio de Janeiro e São Paulo?
Por que Bolsonaro passou o ataque? Porque Lula, o PT e a burocracia pelega se dedicaram fervorosamente em cercar e derrotar cada ação decisiva das massas, para que não varressem com Bolsonaro e todo seu governo e assim cuidar os interesses do conjunto dos capitalistas e de Wall Street.
O governo Bolsonaro, inclusive no pico da pandemia, em meados de 2020, enfrentou mais de 600 greves. Então, quem não lutou contra Bolsonaro? O PT e a burocracia da CUT, FS, CTB, etc., que desviaram a luta dos explorados montando uma frente de colaboração de classes que hoje está concentrada na chapa LulaAlckmin, com a qual amarra, mais uma vez, a classe operária aos seus carrascos da burguesia, a qual vestem de “progressista”.
É preciso falar a verdade! Os explorados não pararam a luta! Foi a burocracia sindical quem isolou categoria por categoria, cidade por cidade, fábrica por fábrica. E hoje, longe de Bolsonaro cair nas ruas, estão desenvolvendo a toda velocidade a armadilha eleitoral.
O PT de hoje, nada novo sob o sol. Nos anos de 2002 e 2006 a chapa foi Lula-Alencar, depois vieram os dois governos de Dilma-Temer, em 2010 e 2014.
Agora essa política de colaboração de classes é coroada com a aliança com os tucanos, a FIESP, um homem do Opus Dei e de confiança absoluta de Wall Street: Geraldo Alckmin.
A classe operária e os explorados enfrentaram o plano do imperialismo e ficou cada vez mais desprestigiado o governo Bolsonaro. A burguesia teme que comece um levante das massas perante as penúrias inauditas, pelo trabalho, pelo pão, pela terra e pela vida digna, o que colocaria em risco não só Bolsonaro, mas o conjunto dos capitalistas.
O imperialismo enxerga um risco na aplicação de seu plano numa reeleição de Bolsonaro e coloca em ação um novo governo de frente de colaboração de classes, aplicando novamente o que o stalinismo chamou, na década 30 do Século XX, Frente Popular e que hoje é sustentado por toda a Nova Esquerda.
Esse é o plano de Wall Street no “quintal” ianque. Deixar, perante os levantes revolucionários das massas, governo de colaboração de classes como no Chile, no Peru, na Bolívia, no Equador, e como o tentam fazer agora na Colômbia e no Brasil. No Brasil chamaram o PT, quem governou 13 anos, e, particularmente, o Lula, quem já se disciplinou com o cárcere e hoje é a mesma justiça a que arquiva o processo para que seja candidato nas eleições de outubro, deixar que Bolsonaro termine seu mandato e, junto com Alckmin, avançar na aplicação do plano imperialista de colonizar ao Brasil.
Estão construindo uma variante de colaboração de classes para quem governe o Brasil, e para atuar novamente sob o regime do “Pacto Social” com a CUT, FS, CTB, etc. Isso determina que a burocracia pelega entrará no governo com a burguesia, estatizando ferrenhamente os sindicatos e aplicando o terror patronal nas fábricas. Lula e o assassino Alckmin não vêm ser amigos do povo, pois, como já vemos com Boris no Chile ou com Castillo no Peru, não duvidarão em utilizar as forças repressivas da polícia e inclusive as Forças Armadas para esmagar os levantes pelo pão nos seus países e nas fronteiras.
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Setembro de 2022
ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NO BRASIL
√ A classe trabalhadora nunca desistiu e não deixa de apresentar batalha contra Bolsonaro e os patrões,
com greves, ocupações de fábrica, etc.
√ Lula e o PT, juntamente a todos os partidos patronais, apoiados pela burocracia pelega, sustentaram,
pela “oposição”, ao odiado governo de Bolsonaro e agora pelas mãos da FIESP;
Impuseram a armadilha eleitoral...
CHEGA DE BOLSONARO E DEMAIS SERVENTES DO IMPERIALISMO!
Nenhum apoio político à frente burguesa de Lula-Alckmin! Eles também representam ao imperialismo e aos patrões escravistas!
Em 2 de outubro serão as eleições burguesas para presidente, o segundo turno será no dia 30 do mesmo mês. Além de presidente, serão votados governadores, deputados federais e estaduais e senadores. Impuseram a armadilha eleitoral num momento de um grande despertar da classe trabalhadora brasileira, que continuam confrontando Bolsonaro incansavelmente e o farão até o dia das eleições. Foram os trabalhadores os únicos que não se renderam. Apesar de sofrer na pandemia quase 700 mil mortes além de sofrimentos inéditos e com as punhaladas pelas costas da burocracia que negociava e entregava os salários e acordos coletivos, os trabalhadores nunca pararam de lutar. Sobraram condições para conquistar a Greve Geral e derrotar Bolsonaro nas ruas. Em meio à pandemia, em 2020 mais de 600 greves eclodiram, em 2021 foram mais de 720, esse caminho se aprofunda, como vemos em 2022.
Isso coloca os enormes desafios de impedir que as eleições desviem a luta em curso e adormeçam as forças da classe trabalhadora sujeita a Lula, bem como para avançar na vitória das lutas que estão em andamento, desenvolvendo as organizações de luta auto-organizadas e unificados, independentes da burguesia e seu Estado.
Lula em 2018 se rendeu ao juiz Moro e pediu para destituir Bolsonaro por votação em 2022…
Agora ele vem para dominar os trabalhadores e tirá-los das ruas, para evitar a derrota de Bolsonaro e dos capitalistas
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A posição eleitoral dos trotskistas do Brasil
No primeiro e no segundo turno… Nenhum apoio político à candidatura burguesa de Lula-Alckmin!
Da CSP-Conlutas vamos construir… Comitês de Apoio aos Candidatos Operários do Polo Socialista e Revolucionário!
Vemos toda a burocracia pelega, apoiada pela esquerda pelo PSOL, PCdoB, etc., defender que “para derrotar Bolsonaro temos que votar em Lula-Alckmin”. Na verdade, é exatamente o oposto. Para derrotar Bolsonaro, devemos garantir a independência da classe trabalhadora e dos explorados dos patrões.
Chamamos os trabalhadores não votar em seus inimigos dos partidos burgueses, muito menos nas alianças travestidas de “aliadas” como é Lula-Alckmin. Pois, em meio desta armadilha eleitoral, é essencial unir as fileiras da classe trabalhadora e dos camponeses pobres, unificar os setores que estão em greve colocando de pé um Comitê Nacional de Luta, para bater como um punho contra os capitalistas.
Chamamos num voto de independência de classe! Hoje, arredor do “Polo Socialista e Revolucionário”, liderado pelo PSTU-LIT, a CST-UIT, o MRT (grupo do PTS argentino), dezenas de candidaturas operárias são apresentadas nas eleições, eles determinam corretamente a necessidade de derrotar o governo Bolsonaro com ações nas ruas. Chamamos num voto de classe, no Polo Socialista Revolucionário. A tarefa do momento e colocaremos nossas forças nesta luta, para que as correntes que compõem o Polo, a partir da CSP-Conlutas, construamos Comitês de Apoio às candidaturas operárias do Polo.
Exceto nas candidaturas que apresentam um oficial da Polícia Militar como candidatos a governador no Estado do Espírito Santo, questão que repudiamos, pois isso significa convocar os trabalhadores a votar em seus repressores.
Nem no primeiro nem no segundo turno votamos e nem apoiamos nossos carrascos!
Comitê Revolucionário Operário e Juvenil pela Auto-organização
Aderente da FLTI
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UMA IMAGEM VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS
O PSOL DE MÃOS DADAS COM A BURGUESIA E OS BANQUEIROS!
Nessas fotos vemos até onde chega a política de subjugação e colaboração de classes. Na foto aparecem Guilherme Boulos do PSOL, sempre muito feliz por estar nesses eventos, e também do PSOL, Luciana Genro, principal dirigente do Movimento de Esquerda Socialista (MES). A imagem fala por si só. Primeiro eles disseram que seria uma aliança com o “democrático” Lula, depois que também poderia ser aceito que esteja com Alckmin, então se recusaram a apresentar uma candidatura independente e se federaram com o partido burguês Rede.
E agora? Agora eles se encontram e apertam a mão do banqueiro Henrique Meirelles. Agora apertam a mão do ex-presidente do Banco Central durante o governo Lula, sua carreira como banqueiro sempre ligado ao BankBoston, mesmo durante a ditadura militar desde 1974, ocupando tanto a presidência do BankBoston no Brasil quanto sendo CEO nos EUA. Foi ministro da Fazenda e de Planejamento durante os anos do governo Temer, ex-vice-presidente de Dilma, de 2016 até 2018.
O PSOL MENTE! Enganam os trabalhadores dizendo-lhes que com eles derrotaremos Bolsonaro nas eleições. O PSOL PARA O PRECIPÍCIO!
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Outubro de 2022
Segundo turno presidencial: polêmica
Novamente, como no resto da América Latina, com uma política aberta de colaboração de classes…
O PSTU-LIT chama a votar por Lula-Alckim no segundo turno
PSTU contra PSTU
O PSTU (LIT), que no primeiro turno apresentou, junto com a CST-UIT, o MRT-PTS e outros, o Polo Socialista y Revolucionário, com candidatos operários e independentes que se diziam inimigos da colaboração de classe com Lula-Alckmin e denunciavam esse papel nefasto desempenhado pela burocracia pelega e pelo PSOL. Mas, chegamos ao segundo turno, agora a disputa entre “Bolsonaro e Lula” coloca PSTU vs o próprio PSTU. Vamos ver como se apresentaram no primeiro turno, e que fale por si mesmos, pois eles depois apagam com os cotovelos o que escreveram ontem com as mãos.
Diante do “Brasil da Esperança” de Lula-Alckmin e de dezenas de partidos burgueses aos quais o PSOL aderiu, disseram: “O programa do PT (...) com uma ala do imperialismo mundial ligada ao setor Biden e à direita clássica. (...) Os ricos defendem seus interesses. Os trabalhadores têm que defender os seus. E o PT? (,,,) serve aos ricos e aos capitalistas como fez em 13 anos de governo”. (“O mundo fantástico do programa PT”. 12/07/2022. “(…) Essa é a essência de sua aliança com Alckmin. Assim como as frentes eleitorais que o PT está formando nos Estados com outros setores da burguesia (e até com o partido de Bolsonaro) são apenas mais uma demonstração desse mesmo compromisso.” (“Lula-Alckmin é um prato amargo para os trabalhadores.” 17/08/2022)
Acrescentaram diante desta capitulação do PSOL: “Mas este ato também marca outra coisa: a capitulação total do PSOL à Frente Ampla e à unidade de Lula-Alckmin com a burguesia. (...) justificou sua entrada na Frente dizendo que revogaria a Reforma Trabalhista (…) Luciana Genro, da corrente MES [Movimento Esquerda Socialista], por sua vez, posicionou-se como representante da esquerda do PSOL e, ao aceitar esse papel, (...) estamos vendo uma adesão pura e simples à Frente Ampla Lulista, com a burguesia e o imperialismo, onde mais uma vez a classe trabalhadora será sacrificada...” (Derrote o inominável, sim! Mas escolha o mal menor, não! 27/09/2022)
O segundo turno o PSTU agora convoca para votar em Lula-Alckmin contra Bolsonaro...
Nos momentos decisivos com o programa do stalinismo: Apoiar os “burgueses progressivos” contra os “reacionários”.
Não se tratava de se submeter à colaboração de classes e organizar verdadeiramente a luta contra o fascismo, que justamente essa colaboração de classe é previa à sua imposição. É claro que o PSTU e a LIT não contam com essa política ou com essas lições, não só não condizem com o que eles próprios afirmaram ontem, no primeiro turno, como também acabam aplicando a mesma política de colaboração de classes que o PSOL, embora de forma “ultracrítica”.
Vejamos o que ele diz agora: “No segundo turno, quando não podemos apresentar uma candidatura independente, defendemos o voto crítico em Lula para derrotar Bolsonaro nas eleições. (...) Por isso defendemos o voto crítico em Lula, pois não apoiamos o projeto capitalista, social-liberal e de conciliação de classes do PT, expresso na fórmula Lula-Alckmin, de amplas alianças com o capital”. (“Para derrotar Bolsonaro nas eleições, PSTU pede voto crítico em Lula”. 10/07/2022)
O PSTU nem levanta a política de “Trabalhador não vota em patrão, só vota em trabalhador”, do PT dos anos 80 e convoca sem ficar vermelho o voto na candidatura burguesa de Lula-Alckmin no segundo turno.
Agora, como o PSOL anteriormente, diz que “para derrotar Bolsonaro nas eleições, devemos votar criticamente em Lula-Alckmin”. Que o PSTU se entenda com o próprio PSTU, mas que pare de enganar e confundir a classe operária e a vanguarda que se recusa a se submeter aos seus algozes.
Essa é a política que ele promoveu em todos os segundos turnos das eleições presidenciais no Brasil de 2002 até agora. Mas, ontem e hoje Bolsonaro e Lula são candidatos do imperialismo e do FMI, são duas variantes para impor os planos de recolonização do imperialismo na América Latina. Por isso estão unidos por um único ponto: “todos contra Bolsonaro”.
Essa capitulação à frente de colaboração de classe Lula-Alckmin PSOL não é novidade, é a política que eles promoveram no Chile, apoiando o Boric; no Peru, apoiando Castillo; na Colômbia, apoiando Petro... é a mesma política do stalinismo, dos “anticapitalistas” e de todos os renegados do trotskismo, de submissão da classe operária à burguesia “progressista”, aos pés de Biden e do FMI.
Pois, nos momentos decisivos, os renegados do trotskismo sempre destroem toda política de independência de classe para se abraçar com alguma frente política de colaboração com a burguesia, re-editando a nefasta política do stalinismo de “campos burgueses”, de apoio à burguesia “progressiva” contra a “reacionária”.
Por isso, chamamos os militantes do PSTU-LIT a rever sua posição perante as eleições presidenciais no segundo turno. A retirarem seu apoio no voto em Lula-Alkimin. Nenhum apoio à burguesia! Que morram os capitalistas! Que morra o imperialismo! O fogo revolucionário das massas e a água que joga a burguesia, não podem se juntar! Pela independência política dos trabalhadores para reagrupar nossas forças e retomar o combate de 2013 e o grito de “Eles não nos representam!”, e levar até vitória fazendo romper o regime e seu governo servente do imperialismo!
Como disse Trotsky na luta contra o fascismo na Alemanha, perante essa política stalinista “…todo o problema se reduz a isto: sob quem é melhor passar forma, sob Brüning ou sob Hitler? Quanto a nós colocamos o problema assim: não em quê condições se morre melhor, mas como lutar e vencer.”
Sob as bandeiras da Quarta Internacional de Trotsky e Mario Pedrosa!
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Outubro de 2022 - Declaração do Comitê Editorial do Organizador Operário Internacional
Segundo turno eleitoral
A maior enganação “Do mundo”:
O reformismo anuncia que vai derrotar Bolsonaro
e a direita… COM A IGREJA!!?
E com o candidato a vice- presidente de Lula, Alckmin, o chefe da mais alta e rançosa
burguesia de São Paulo
Uma verdadeira enganação e armadilha contra os trabalhadores e suas lutas!
Esta é a velha política stalinista de submeter os trabalhadores à “burguesia progressista”.
No Brasil fica políticamente à tona. Porque nos anos '80, a classe operária que conquistou um feito na independência de classe com o PT, chamava as eleições sob a palavra de ordem “TRABALHADOR VOTA TRABALHADORES”.
Longe disto estão os reformistas e a esquerda pró-capitalista, inclusive nem à altura destas lições que conquistaram os trabalhadores do Brasil.
A esquerda do sistema dirá que apoia a igreja católica, uma das forças reacionárias e mais sanguinárias da história, contra os Fascistas Evangélicos que sustentam Bolsonaro.
Tocam os sios das igrejas de todo o Brasil... O filho pródigo regressa a casa…
O reformismo na América Latina…
Coroinhas de esquerda dos partidos pró-imperialistas
A grande patronal, o FMI, estão no Brasil nas duas chapas presidenciáveis: com Bolsonaro e com Lula-Alckmin. Assim, sempre perdem os trabalhadores.
Lula vem desorganizar a luta operária e aplicar os planos de Bolsonaro, que acontecerão após Lula ser um limão espremido, vem para concluir o trabalho.
As correntes ex trotskistas, aos seus pés, votando, como foi em toda a América Latina, as frentes de colaboração de classes.
Vão trás dos passos do stalinismo e sua política de colaboração de classes. Porém, jamais poderão utilizar o legado da IV Internacional para tanta capitulação e Traição!!!
8 de outubro de 2022
Carlos Munzer
Do Conselho Editor do Organizador Operário Internacional
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4 de novembro de 2022
Brasil: Resultado Eleitoral e Crise Política
Declaração do Coletivo pela Refundação da IV Internacional / FLTI
A frente burguesa de Lula-Alckmin, o novo gerente
dos negócios imperialistas e das 300 famílias, vence nas eleições
A classe trabalhadora e as massas empobrecidas do campo e da cidade foram submetidas aos carrascos “democráticos”, agentes dos ianques...
Agora,
Bolsonaro, as quadrilhas fascistas e os generais assassinos do povo levantam a cabeça!
As liberdades democráticas, o pão, o teto e a terra da classe trabalhadora e dos explorados são defendidos e conquistados com os métodos de luta da classe trabalhadora e da revolução proletária!
com o fascismo não discute, o fascismo esmaga-se!
Dos sindicatos, dos comitês de fábrica, dos movimentos sem-terra e sem-teto,
Uma milícia operária e camponesa deve agora ser criada
para esmagar a revolta da escória fascista!
São os trabalhadores e os pobres que devem cercar o quartel...
Há os soldados comuns, os filhos da classe trabalhadora e o povo
Por comitês de soldados de base para controlar e impedir qualquer golpista que tente se levantar contra o povo!
A classe operária deve trazer ordem a um Brasil devastado pela pilhagem imperialista, que deixou milhões e milhões de pessoas exploradas vivendo na fome!
Chega! Devemos atacar os negócios e interesses das 300 famílias e do imperialismo!
Pão, terra, teto e liberdade!
Fora o imperialismo e o FMI! Expropriar os expropriadores do povo!
A classe operária submetida à frente de Lula e a burguesía ficou de mãos atadas para conquistar às classes médias empobrecidas e permitir-lhes esmagar a reação.
Hoje a base de Bolsonaro está concentrada nos quartéis com piquetes protofascistas e bloqueiam mais de 200 estradas em todo o país pedindo intervenção militar.
As organizações operárias devem romper com a burguesía. É hora de romper com os capitalistas e seus partidos que subjugam e isolam a classe operária de seus aliados no campo e na cidade.
Chega!
Lula não vem para derrotar Bolsonaro, mas para entregar o Brasil ao imperialismo. Há dois dias a classe média fascista ganhou as ruas e Lula está escondido.
Da CUT, da CSP-Conlutas e de todas as organizações operárias, Sem-Terra e Sem-Teto devem romper a subordinação a Lula-Alckmin e organizar imediata e urgentemente os piquetes para esmagar a reação.
Os metalúrgicos de Angra no Rio de Janeiro já marcaram o caminho. Marcharam com seus piquetes para dissolver o bloqueio da BR101...
Com o fascismo não discute, o fascismo esmaga-se!
Das fábricas e das favelas, é preciso montar as milícias operárias e os comitês de autodefesa operária e popular.
São essas mesmas gangues fascistas que estão convocando a casta dos oficiais do exército para dar um golpe. Nós, operários, devemos marchar com nossas milícias nos quartéis para esmagar essas concentrações e convocar os soldados rasos, que são nossos filhos e irmãos armados no exército, a desobedecer aos oficiais e passar para o lado da classe operária e o povo. Vamos criar Comitês de soldados rasos e suboficiais e para prender todos os oficiais e líderes militares! Devemos dissolver a polícia assassina que arma as gangues fascistas!
Enquanto a reação continua nas ruas, Lula tomará posse em 1º de janeiro dando plenas garantias ao imperialismo e à burguesia que nenhum de seus reais vai tocá-lo, nem lucros ou negócios.
Devemos dizer a verdade à nossa classe. Lula nomeou um representante direto das 300 famílias como vice para que, caso não cumpra com suas tarefas, Alckmin o expulse com um impeachment como Temer fez com Dilma. Ele colocou a garantia no ministro das Finanças homem direto de Wall Street.
Lula apenas prometeu dar esmolas aos escravos defendendo o regime burguês ao pé da letra e mantendo o controle absoluto dos sindicatos e do movimento operário.
Ainda assim... nada é suficiente. Ontem os famintos saíram para tomar conta dos supermercados em algumas regiões do Brasil.
É que eles acreditam que existe um governo amigo e que os operários podem redobrar a ofensiva pelos salários, moradia, terra e trabalho.
As relações de forças serão definidas nas ruas e não nas eleições burguesas em que a burguesia dirimiu a administração de seus negócios.
Como ontem com Moro, hoje Bolsonaro com as massas reacionárias nas ruas lembra-lhe Lula de seu caráter de presidiário e que voltará para lá se não se comportar bem.
Bolsonaro e as 300 famílias mostram o chicote ao seu agente “democrático” que farão, como um camelo, ajoelhar-se para que o grande capital possa subir em suas corcovas já velhas como mentiroso e embusteiro das massas.
O caminho a seguir para derrotar Bolsonaro e o imperialismo, conquistar o pão e a terra e esmagar as quadrilhas protofascistas é expropriar as transnacionais, o imperialismo e as 300 famílias mais ricas, aos grandes donos do Brasil, entre eles Alckmin e os CEOs da banca… temos que atingi-los onde dói, em seus lucros e propriedades. Fora o FMI! Fora as transnacionais!
As liberdades democráticas são defendidas com o método da revolução proletária.
Devemos parar a reação agora! Eles vêm contra toda a classe operária e povo pobre! Como nós, organizações operárias, fizemos nos anos 30, quando marchamos para esmagar os “camisas verdes” fascistas na Praça da Sé... Como nossos irmãos da Bolívia levantaram nas ruas, enfrentando as gangues fascistas da Media Lua, em 2019. Agora sim, guerra civil! |