Sobre o problema da moradia no Brasil
Segundo dados oficiais do governo o déficit habitacional no Brasil em 2015 foi de 6.186.503 milhões de domicílios, 9,3% do total de domicílios do país.
Entre as regiões com o maior déficit habitacional absoluto destacam-se o Sudeste e o Nordeste com, respectivamente, 2,430 e 1,924 milhões de moradias em 2015. Entre as unidades da federação com maior déficit absoluto em 2015 destacam-se: São Paulo (1,306 milhão), Minas Gerais (552 mil), Bahia (451 mil), Rio de Janeiro (468 mil) e Maranhão (388 mil).
Na composição do déficit habitacional brasileiro, em 2015, o ônus excessivo com aluguel (aluguel superior à 30% da renda familiar) é o item de maior peso, respondendo por 3,189 milhões de unidades ou 51,5% do déficit, seguido pela coabitação com 1,757 milhão de domicílios ou 28,4%, habitação precária com 927 mil unidades ou 14,9%, e adensamento excessivo (mais de 3 pessoas por dormitório) em domicílios alugados com 314 mil domicílios ou 5,1% do total do déficit habitacional.
Considerando que a média nacional de pessoas por domicilio em 2014 foi de 3,1 pessoas, o déficit habitacional no Brasil atinge cerca 19 milhões de pessoas.
É digno de nota que enquanto em 2000 o “ônus excessivo com aluguel” atingia cerca de 1,201 milhão de domicílios, à época 18,2% do déficit habitacional, em 2015 o custo excessivo do aluguel atinja 3,189 milhões de domicílios e seja o responsável por mais da metade do índice atual com 51,5%. Um crescimento de mais de 256,5 %, fruto direto da enorme especulação imobiliária dos últimos anos.
Porém, esse número terrível é ainda pior. É que nesse cálculo não são consideradas moradias inadequadas, sem infraestrutura básica como coleta de esgoto e colheita de lixo, por exemplo.
Segundo a 6ª edição dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) Brasil 2015, 38,3% dos domicílios brasileiros são inadequados para moradia por não terem até dois moradores por dormitório, existência de rede geral de esgoto ou fossa séptica, coleta de lixo direta ou indireta e rede geral de água.
As regiões com a maior proporção de moradias inadequadas são Norte (71,8%), Nordeste (54%) e Centro-Oeste (50,3%). Enquanto isso, os menores porcentuais são verificados no Sul (30,6%) e no Sudeste (23,9%).
Se somadas as moradias inadequadas o déficit habitacional salta para cerca de 24 milhões de domicílios e atinge cerca de 70 milhões de pessoas ou 35,8% da população.
Para que os trabalhadores tenham casa e vida digna é preciso atacar a propriedade dos capitalistas latifundiários e especuladores
Depois de fazem negócios bilionários com as megaobras do PAC, Copa do Mundo, Olimpíadas, uma enorme especulação financeira, fraudes e corrupção as grandes empreiteiras, latifundiários e todo tipo de especuladores concentraram em suas mãos mais de 7,2 milhões imóveis vazios, 79% em área urbanas e 21% em áreas rurais. Desse total, 6,249 milhões estavam em condições de serem ocupados e 981 mil em construção ou reforma. Em 2014 os domicílios vagos somavam 7,24 milhões de unidades, 6,35 milhões em condições de serem ocupados e 886 mil em construção ou reforma.
Aí está a moradia de milhões de trabalhadores e explorados do campo e da cidade.
É preciso atacar a propriedade dos capitalistas para que os explorados não paguem pela crise!
É preciso expropriar os imóveis e propriedades dos latifundiários e especuladores do campo e da cidade para dar já moradia digna e terra aos trabalhadores e explorados do campo e da cidade!
Para conquistar infraestrutura digna nos bairros operários é preciso expropriar todas as empreiteiras envolvidas com corrupção, fraude e roubo do dinheiro público saído do salário, trabalho e suor do conjunto dos trabalhadores! Assim poderemos fazer um plano de obras públicas para garantir água, esgoto, e moradia digna! |