Zimbábue, 30 de março de 2018
Nem Mnangagwa nem os generais que fizeram o golpe de Estado! São todos serventes do imperialismo e escravizadores de seu próprio povo! O golpe de Estado no Zimbábue foi um verdadeiro complot contra as massas realizado pelo imperialismo, as companhias transnacionais, os generais de Mugabe, o ZANU-PF e o MDC
QUE OS TRABALHADORES DO ZIMBÁBUE SE LEVANTEM!
A greve de médicos continua a pesar das afirmações do governo de que o painel de negociações assinou um acordo de negociação coletiva que pôs fim à greve de duas semanas de duração. A greve de médico que paralisou as instituições de saúde pública continua.
Na Hwange Coliery Company Limited (HCCL) os trabalhadores, que viram suas esposas protestarem contra a administração desde janeiro desse ano, estão presos numa longa disputa trabalhista visto que não são pagos há três anos.
As esposas dos trabalhadores estiveram se manifestando contra a administração desde 29 de janeiro, exigindo que a companhia minera de carvão cumpra sua promessa de lhes pagar salários pendentes depois de aceitar um Procedimento de Negociação no ano passado.
Os trabalhadores querem que lhes paguem uma soma de 10 mil para cada um e lhes prometeram o pagamento total a partir desse mês.
Desde o começo do ato, a companhia pagou aos trabalhadores 5,2% dos salários pendentes em duas vezes, 2,6% de cada vez. Os manifestantes se negaram a finalizar a manifestação dizendo que o dinheiro era insignificante.
A luta dos mineiros em Hwage é a luta de todos os movimentos operários no sul da África. Esta luta atingiu o partido de Mnangagwa, o ZANU-PF, os veteranos de guerra tiveram que sair e dizer que devem agir, do contrário perderão as próximas eleições.
No setor da educação: O Sindicato de professores concordou por unanimidade a ação trabalhista. O Sindicato de professores rurais do Zimbabwe, ARTUZ, se reuniu com todos os sindicatos que representam os trabalhadores do setor da educação. A reunião resolveu que os trabalhadores da educação vão à greve se não cumprem suas demandas. Como preparação da ação trabalhista que será em maio, os lideres sindicais marcharão ao escritório do presidente entre as 13 e 14 hs em 27 de março de 2018. Os líderes entregarão um aviso de greve para lutar por suas demandas centrais.
Durante os últimos três anos, não houve reajuste salarial em vários setores: os salários não estão subindo.
O preço dos produtos básicos, incluído o pão e muitas outras coisas continua subindo a pesar dos enérgicos intentos do novo governo do presidente Emmerson Mnangagwa de infundir confiança na economia.
A CLASSE OPERÁRIA DEVE DAR UM SAÍDA:
Para obter alimentos, recuperar a terra, receber nossos salários e para que todos tenham um trabalho decente... A classe trabalhadora deve dar uma saída a crise.
Comitê de trabalhadores, de camponeses pobres, vendedores, estudantes e soldados rasos!
Pelo poder dos debaixo, a grande maioria da nação subjugada para desarmar a burguesia!
Para dar o primeiro passo, devemos conquistar assembleias de base em todas as fábricas, minas e locais de trabalho. É necessário estabelecer um órgão de coordenação de todos os trabalhadores em luta, dos trabalhadores desempregados, dos jovens militantes, dos camponeses pobres, dos vendedores, dos mineiros, os funcionários públicos e dos trabalhadores do município e dos estudantes para lutar juntos!
Chega de burocracia sindicais colaboracionistas! Por uma direção revolucionária dos sindicatos!
A luta por melhores salários se ganha na rua, não nas negociações, e os funcionários públicos deve se unir com vendedores, o setor privado, as minas e os trabalhadores agrícolas para que seja uma única luta.
Necessitamos estabelecer comitês de autodefesa e a milícia operária para impor uma Greve Geral revolucionária que sacudirá Zimbábue de suas bases e colocará a queda desse regime infame na agenda!
Hoje enquanto Mnangagwa se estabelece como novo governo, os sindicatos e a esquerda reformista estão se unindo à voz do MDC para exigir eleições com uma nova lei eleitoral. Enquanto Mnangagwa não faz acreditar que os oficiais do golpe de Estado colocaram fim na ditadura de Mugabe e que haverá abertura democrática que convocará eleições em 2018.
Nós, socialistas revolucionários internacionalistas da Liga Internacional dos Trabalhadores de Zimbábue, declaramos que nosso país é agora um Estado militar, um campo de concentração a céu aberto de mão de obra escrava e não há liberdades democráticas, nem sequer eleições livres. Se todas as propriedades dos oficiais membros do golpe de Estado não são expropriados. Não há uma só possibilidade de marchar a uma assembleia constituinte soberana e libre, se as forças repressivas e a casta de juízes (sob o governo do amo imperialista e dos oficiais assassinos do exército de Zimbábue) não se dissolvam.
Já basta!
Devemos renacionalizar a terra sem nenhum tipo de pagamento e coloca-la para produzir sob controle das organizações de trabalhadores, os camponeses pobres e as organizações populares!
Chamamos todas organizações que falam em nome das demandas da classe trabalhadora a romper com o governo e a burguesia que nos matam de fome e nos despedem!
Basta de burocracia dos sindicatos e de colaboração de classes!
Só a classe trabalhadora de Zimbábue, unida à classe trabalhadora de todo o sul da África, é a que pode garantir o pão, a terra, a independência nacional e inclusive a luta pelas liberdades democráticas mais extremas.
O imperialismo e os capitalistas estão jogando sua crise sobre as massas. A catástrofe á está aqui: temos que lutar contra ela!
Por um plano econômico operário e popular!
Que a crise seja paga pelos de cima: os capitalistas e os generais agentes do imperialismo!
A liberação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores!
A luta em Zimbábue é parte da luta de nossos irmãos de classe de toda África do Sul! Fora Mubage e Mnangagwa! Fora Zuma e Ramaphosa! Basta de governos das companhias transnacionais imperialistas!
Por um congresso sul-africano de organizações de trabalhadores, para romper com a burguesia e lutar para expulsar o imperialismo!
Temos que luta como em Marikana, com paralizações, piquetes, e com o método da democracia operária!
De pé com nossos irmãos de classe negros em todo o planeta! As vidas negras importam... em Zimbábue, na África do Sul, Estados Unidos, Brasil e Líbia. Não somos indiferentes ao genocídio de nossos irmãos de classe sírios! Não permitamos que o massacre continue na Síria! Lutemos contra o cão Bashar e o assassino Putin, que fazem um trabalho sujo pelo imperialismo!
Expulsemos Mnangagwa, os políticos burgueses e todos os generais corruptos, agentes das potencias imperialistas que governaram Zimbabwe há anos!
Já basta de governos de representantes de milionários negros sócios dos bancos e da ETN que governam em um mar de escravos negros. Por um governo dos trabalhadores e dos pobres!
Por um governo provisório revolucionário dos trabalhadores, camponeses pobres, estudantes e setores médio em ruina, apoiados nos comitês soldados de base, comitês de autodefesa e milícias operárias!
Greve Geral revolucionária imediatamente, até que caia o governo e expulsemos o imperialismo de Zimbabwe!
Fora com as transnacionais imperialistas!
Vamos sair às ruas. Greve geral agora!
Publicado por Workers International League of Zimbabwe - FLTI
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