BRASIL - 30-08-2016
O imperialismo ianque vem por tudo no seu pátio traseiro e quer receber, custe o que custar, os 700 bilhões de dólares da dívida externa que o Brasil tem com a banca imperialista...
A recessão e os golpes do crash mundial golpeiam o Brasil saqueado, são 12 milhões de operários desempregados, enquanto 63 milhões de explorados ficaram fora do circuito produtivo, a inflação está insuportável, a educação, saúde, e o transporte estão totalmente destruídos, assim como os massacres na cidade e no campo pelos pistoleiros fascistas e a Polícia Militar nas favelas segue se aprofundando...
O “lençol” já não cobre todas as frações burguesas e estas disputam à dentadas os negócios que caem da mesa de Wall Street, sobre um mar de miseráveis...
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BASTA! ELES NÃO NOS REPRESENTAM!
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FORA TEMER E O PARLAMENTO FANTOCHE DOS CAPITALISTAS E BANQUEIROS!
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Dilma é destituída pelo senado e o parlamento que a sustentou durante anos para atacar o povo e submeter o Brasil ao imperialismo
Depois de entregar a nação ao imperialismo e atacar ferozmente a classe operária e os explorados, e depois de preservar o Brasil da onda revolucionária latino-americana do começo do século XXI...
Sob o comando do imperialismo, a burguesia petista se retira disciplinada para deixar o caminho livre aos seus velhos aliados do PMDB, com os quais governaram até agora, para que terminem sua obra
O circo parlamentar-judiciário do impeachment comandado por Wall Street, funcionou como um mecanismo de engano contra os explorados, enquanto as direções das organizações de luta da classe operária e dos explorados como a direção da CUT, MST e MTST submetem os explorados aos seus carrascos dando um caráter “progressista” ao PT, se negam a enfrentar o governo Temer com os métodos da classe operária, demonstrando quesequer enfrentam consequentemente o governo que eles consideram “golpista”.
No momento em que só retomando o combate de 2013 e o caminho da revolução socialista que percorreu o proletariado latino-americano a princípios do século XXI e é a única forma de enfrentar o golpe do crash que arrasa como todo o Brasil, as direções da classe operária seguem empenhadas em manter o submetimento das organizações de luta à burguesia e seu Estado. BASTA! Eles não nos representam! Lugar à classe operária e os explorados! Basta de submeter a classe operária aos seus carrascos!
A esquerda que chia e repete que a ex presidente do Brasil foi destituída por um golpe, não apenas lava sua cara, que pintam de “progressista”, mas também do conjunto do regime da democracia para ricos, que é elitista, aristocrática e com fortes elementos bonapartistas. Assim funciona a democracia burguesa. Não há outra que não seja assim, quer dizer, que não tenha mecanismos constitucionais para controlar suas instituições de domínio.
A posição de que no Brasil há um “golpe palaciano” é uma amalgama. Que “Dilma foi votada por milhões e tirada por 61” não é verdade... tanto Dilma como os senadores que a tiraram foram eleitos, como fazem as massas na democracia para ricos, que a cada 2 ou 4 anos votam seus carrascos em eleições.
Na democracia para ricos se garante que todas suas instituições funcionem, e se contraponham e controlem para garantir a propriedade dos capitalistas. Disso se trata o impeachment. Os senadores que deram posse a Temer e tomaram seu juramento são os mesmos que antes o haviam feito com Dilma. Assim é a aristocrática e elitista democracia para ricos.
Dilma acatou disciplinadamente o veredito do senado. Aceitou sua destituição, que inclui que não a inabilitem para fazer atividades políticas e poder ser eleita para cargos públicos.
Este covil de bandidos do parlamento brasileiro, sob as ordens do FMI e dos banqueiros, atuou com um fino instinto de classe. Põe o vice-presidente de Dilma na frente do executivo para atacar brutalmente às massas, e a deixa como “vítima” e na oposição para voltar, com o PT, dentro de 2 anos se Temer fracassar. Uma enorme conspiração contra os trabalhadores e o povo... por um lado garante o melhor carrasco que o imperialismo tem para atacar as massas – depois de tirar até a última gota de suco do PT durante anos – e deixa o PT como rede de contenção se Temer fracassa. Se consolida o bipartidismo através dos mecanismos constitucionais desta infame democracia para ricos.
Golpe no Brasil? Não senhores... é a democracia para ricos em ação... elitista... aristocrática... onde somente um punhado de escravistas têm direito e liberdade.
Democracia para os debaixo? Coisa nenhuma! O que desmascara a destituição de Dilma é que todas as instituições da democracia para ricos são a melhor envoltura para esconder a mais feroz ditadura do capital.
Ante o crash mundial que golpeia duramente o Brasil, ante as massas que ficaram presas entre as duas alternativas do FMI – da oligarquia brasileira e da frente popular – a burguesia se guarda, ante uma possível irrupção revolucionária das massas, resguarda a polícia assassina e a casta de oficiais contrarrevolucionária do Brasil, cujos generais e oficiais “golpistas” foram salvos pelo PT como repressores e genocidas das ditaduras militares.
Correntes reformistas como o PTS, que junto ao stalinismo de toda América Latina chiam “contra o golpe” no Brasil, calam, silenciam o golpe fascista de Al Assad na Síria, sustentado pelos irmãos Castro. Silenciam os golpes contrarrevolucionários reais para terminar encobrindo a farsa da “revolução bolivariana” e seus governos, devindos em verdadeiros limões exprimidos pelo imperialismo até a última gota, estrangulando os processos revolucionários e atacando duramente às massas.
Estamos diante de “antigolpistas” que acatam disciplinadamente o parlamento e o senado que destitui Dilma, como o faz a mesma ex presidente e todo seu partido. Estamos diante de “antigolpistas” que não chamam desarmar a polícia assassina nem a pôr em pé comitês de soldados para desconhecer toda as instituições bonapartistas de domínio do regime burguês. Estamos ante vis charlatães que só pregam a revolução democrática... quando esta demonstrou ser a podre democracia para ricos, que inclusive permite a burguesia, “democraticamente”, mudar de cavalo no meio do rio para atacar melhor e derrotar as massas. Mesmo como “antigolpistas” são uma farsa pacifista!
Nós socialistas revolucionáriosafirmamos que uma república operária e camponesa no Brasil seria a única realmente democrática, porque representa e representaria a absoluta maioria da população. Assim mesmo, afirmamos que para enfrentar este regime podre da democracia para ricos e suas instituições arquireacionárias e bonapartistas – como o senado aristocrático, a casta de juízes, a polícia assassina e os generais intocáveis – e sobre tudo para conquistar a verdadeira tarefa democrática que é a ruptura do Brasil espoliado com o imperialismo, é preciso pôr a classe operária em pé de guerra, armar as massas, e preparar a vitória de uma revolução operária e camponesa triunfante. É que só um governo revolucionário de operários e camponeses seria capaz, inclusive, de outorgar uma verdadeira assembleia constituinte livre e soberana, desarmando a burguesia com as armas nas mãos das massas. Tudo além disso é uma vil mentira.
A esquerda vendedora de ilusões ata a sorte da classe operária a distintas quadrilhas capitalistas. Chegou a hora de que a classe operária e os camponeses pobres se organizem e defendam a si mesmos da fome, do saque, da repressão e da super escravidão.
Fora Temer!
Eleições já... de delegados dos de baixo rumo a um grande congresso nacional dos trabalhadores, os camponeses, os sem teto, os sem terra e da juventude combativa!
A burguesia concentra forças. Temer ataca. Dilma fica na oposição se Temer fracassar. Eles vêm por tudo... Dissolução da polícia assassina! Comitês de soldados já! Milícia operária e comitês de autodefesa!
Expropriar os expropriadores do povo! Greve geral revolucionária!
As condições internacionais que marcam a conjuntura do país
O que primou no continente americano foi a consumação da política contrarrevolucionária do Fórum Social Mundial (FSM). Nos últimos anos, Fidel e Raul Castro, Chávez e Maduro, Lula e Dilma e todos os bolivarianos – expropriadores da revolução socialista – sob a farsa do “socialismo do século XXI” submeteram a classe operária ao saque imperialista e submeteram a classe operária norte-americana, em particular os negros e latinos, ao Bush tingido, Obama. Este se abraçou com a nova burguesia castrista para fazer grandes negócios e içou a bandeia ianque em Havana, ao mesmo tempo que sob a tutela das sete bases militares norte-americanas o castrismo e a direção das FARC se abraçaram com Santos para selar os “acordos de paz” com o qual entregam a resistência operária e camponesa colombiana.
Esta deve ser a norma e não exceção em todo o pátio traseiro ianque, posto que, graças ao FSM estrangularam a revolução socialista. Os bolivarianos, sustentados pelas direções reformistas dos explorados conformada pelos restos stalinistas e socialdemocratas e legitimados pelos renegados do trotskismo, salvaram a burguesia e o imperialismo da revolução socialista.
Hoje os bolivarianos já não são necessários. A crise capitalista mundial impôs a necessidade ao imperialismo de reorganizar a divisão mundial do trabalho. Os EUA jogaram a crise sobre o mundo e impõe a todos que abram seus mercados, que façam acordos de livre comércio e que lhe permitam competir “em igualdade” em todos os mercados. Este é o TPP (Tratado do Transpacífico) e o acordo comercial que se negocia com a UE. Por sua vez, o Brasil se encontra completamente por fora dessa divisão. A economia chinesa – principal parceiro comercial – cresce num ritmo mais lento e o Brasil não tem um acordo econômico com os EUA – o segundo parceiro comercial. O MERCOSUL se desagrega com a Argentina buscando se voltar ao Pacífico. O Brasil tem que se recolocar nesta divisão. Para isso tem que impor uma profunda reestruturação produtiva atacando duramente a classe operária e os explorados do campo e da cidade. Para isso vem Temer: para impor este ataque e condições de maquiladora à toda classe operária e os explorados, e ao PT, o imperialismo reserva outro papel.
As transnacionais imperialistas determinaram que os bolivarianos, como limões espremidos que já perderam todo o suco, que estes, depois de ter matado de fome o povo e de atar com triplas cadeias às nações latino-americanas ao imperialismo, devem deixar seu lugar para os governos abertamente bonapartistas, pois devem avançar sobre a classe operária e os explorados sem máscaras pseudo anti-imperialistas, pseudo progressistas e populistas detrás das quais esconderam os lacaios da burguesia bolivariana, que se foram como um mecanismo para desviar e depois estrangular a revolução latino-americana e o levantamento do proletariado norte-americano.
É que a crise econômica do capitalismo aberta em 2008 se aprofunda mais e mais, a economia chinesa diminuiu seu crescimento levando abaixo o preço dos commodities – dos quais as economias latino-americanas são sumo exportadoras –, o mercado mundial encolheu e o imperialismo tem que aprofundar seus ataques para jogar sobre as costas da classe operária o peso da crise.
Ficou para trás o tempo em que o imperialismo comandava com a Frente Popular e os governos de colaboração de classes as semicolônias latino-americanas que entravam em manobras revolucionárias no início do século XXI.
Não somente o PT no Brasil, mas os Kirchner, o chavismo, os Morales, Ortega, com toda sua farsa de revolução bolivariana, demonstraram ter muito suco, que foi extraído pelo imperialismo até secá-los. Na Bolívia, se vão com as mãos ensanguentadas. Na Argentina, saqueando o povo e batendo recordes na entrega do país ao imperialismo.
Na Venezuela, enquanto corre o acréscimo do chavismo com o chamado ao plebiscito revocatório que está pondo em marcha a oposição burguesa “bolivariana” de Capriles e companhia, a OEA sustenta Maduro para que siga atacando, massacrando e esfomeando livremente o povo, impedindo que volte o Caracazo. É que ali, o governo semi-bonapartista de Maduro se sustenta na casta de oficiais bolivariana e nas forças de choque parapoliciais contra os esfomeados. Colocar as massas, como faz o reformismo e os renegados do trotskismo entre a panela quente, Maduro, e as brasas ardentes, Capriles, é levar a classe operária a um beco sem saída, e abrir o caminho a uma derrota histórica das massas.
Na Bolívia, Morales deixará para o governo burguês que o sucederá um curso cheio de lições de como matar e reprimir operários... de como matar mineiros, como encarcerá-los, como bater em camponeses... e como pactuar com os fascistas da Meia Lua um governo da banca Morgan.
Mas os que se entendem e entenderão muito bem com Temer, Capriles... como faz o governo fascista das bases ianques na Colômbia de Santos, são os irmãos Castro, que abraçados com o Papa e com Obama colocaram a bandeira ianque em Havana e hoje mandam medicamentos e “ajuda humanitária” ao genocida Al Assad e sua guarda de mercenários.... E pensar que esse lixo de esquerda vendedora de ilusões chora e amaldiçoa o “atraso político” das massas da Síria e de todo o Magreb e Oriente Médio, quando apoiam a nova burguesia castrista que está apoiando as forças contrarrevolucionária de Al Assad em nome do “socialismo”. As massas não são socialistas pela traição da esquerda lacaia do imperialismo.
O governo de Dilma e do PT, um membro seleto do clube de limões espremidos das burguesias latino-americanas
Wall Street e o FMI durante anos do governo petista converteu o Brasil numa verdadeira Praça financeira na qual injetou enormes massas de capitais sem respaldo que tirava da Reserva Federal (dos EUA, NdeR) sob taxas de juros de 0,5% ou 1% para coloca-las de forma especulativa nos bancos brasileiros, para depois cobrar juros que variavam entre 11% e 14%. Todas as frações burguesas faziam grandes negócios com esta especulação, enquanto surgia uma burguesia contratista ligada as megaconstruções que nunca acabaram, enquanto o PT repartia estes negócios ficando com parte das comissões.
Assim surgiu uma burguesia sedenta de negócios das entranhas do PT assentada na utilização dessas injeções de capitais, respaldadas no BNDES, fazendo negócios com todos.
O imperialismo pouco se importa com as negociações dos bastidores que fazem seus sócios menores da burguesia brasileira, por isso pede a cabeça de Dilma, mas também a de Cunha, ao mesmo tempo que processa centenas de políticos burgueses de todos os partidos, tanto do PT, como PMDB e PSDB.
O imperialismo se importa em receber tudo e com juros, isto é, os 700 bilhões de dólares da dívida externa, sob o custo de quebrar os caixas dos estados, ficando com a Petrobras, com todos os minerais, com as terras férteis, com o Amazonas e com toda a costa atlântica que banha o país. E isso chamaram de “milagre brasileiro”.
Para receber tudo o imperialismo precisa de um regime estável de domínio e este de modo algum seria um governo de colaboração de classes. Por isso como dissemos, decidiu que Dilma e o PT devem deixar seu lugar ao seu vice-presidente Temer e ao partido aliado PMDB, pois estes aplicarão fielmente o plano imperialista deixando de lado toda demagogia e verborragia populista.
No entanto, o imperialismo também resguarda o PT, seu agente mais provado dentro das filas operárias através das direções da CUT, MST, MTST como também das correntes stalinistas internacionais e dos renegados do marxismo que os revestem de “progressistas” e que sofrem “golpes parlamentares”, “golpes institucionais”, etc., pois se as massas, motorizadas pelos golpes do crash e da luta pelo pão, trabalho, terra e vida digna, rompem o controle da burocracia e voltam a entrar de forma independente na cena polícia como fizeram em 2013, o imperialismo também precisara de um PT com algum prestígio que lhe permita canalizar esta situação, e é disso que se trata a atual campanha “contra o golpe, que volte Dilma” e em defesa de lula pra 2018.
Às burocracias, aristocracias e seus partidos da “Nova Esquerda”, o imperialismo lhes reservou um lugar:
Junto aos bolivarianos em seu ocaso que atuam como a “oposição responsável”, para que garantam o caminho livre para Temer que vem concluir o trabalho
Enquanto se desenvolvia o processo de impeachment se garantiu que um profundo pacote de ajuste fiscal fosse aplicado. Uma vez terminado este processo se avançará abertamente na “reforma trabalhista” que se prepara para atacar até o final as conquistas operárias impondo os ataques escravistas que o imperialismo precisa no Brasil.
O processo de impeachment e a disjuntiva “contra o golpe” funcionou como um circo garantido por todos os partidos, tanto burgueses como os da esquerda do regime, impediu uma intervenção independente da classe operária. As massas foram duplamente enganadas, a burguesia martelou a ideia que ao fim do processo se chegaria à solução da crise e o país sairia do fundo do poço novamente, enquanto jogavam sobre os operários e os explorados a crise que eles mesmos criaram dizendo que “todos perdem alguma coisa na crise” e que chegou a hora de “apertar os cintos e ser responsáveis na hora de eleger o governo”.
Desde o início do processo do impeachment o PT respeitou e se disciplinou a ele. O acatou e, inclusive, Dilma em sua defesa disse que “respeitava os seus juízes”, “que confiava que se faria justiça”. Meses antes o PT já tinha dito no parlamento que seria uma “oposição responsável”.
Ao mesmo tempo a burocracia pelega e as direções traidoras montaram uma cortina de fumaça de “golpe” contra Dilma, como uma política para continuar submetendo os explorados brasileiros ao PT e aos explorados do continente aos bolivarianos em desgraça, e para isso contam com o papel fundamental cumprido pelas organizações da “Nova Esquerda” que os sustentam. Como se viu de forma lamentável quando os protestos contra o impeachment não foram mais que meras ações testemunhais, verdadeiras escaramuças de alguns milhares, quando as organizações que estavam nas ruas (CUT, CTB, MST, MTST, Intersindical, entre outras) dirigem e influenciam diretamente milhões de explorados os quais diariamente submetem aos seus carrascos do PT.
O próprio PT, que ontem se montou sobre os Comitês de Greve, de abastecimento e das assembleias de fábrica dos anos 1970 e 80 que faziam tremer a ditadura e o imperialismo, para desviá-lo e abortar o caminho à revolução; o mesmo PT que garantiu a transição e a constituição de 1988 que salvou os milicos genocidas e os interesses das transnacionais, a qual se submete e sob a qual governou junto a burguesia escravista, submetendo o Brasil a Wall Street. A este PT que a “Nova Esquerda” quer pintar de progressivo, classista, quando não foi mais que o agente mais provado do imperialismo.
Por isso, este o reconhece e preserva centralizando e pondo toda a “Nova Esquerda” para defende-lo sob a farsa que enfrentam um “golpe”, enquanto ao mesmo tempo se negam rotundamente a enfrentar este “golpe” com os métodos da classe operária, atacando as transnacionais, partindo o exército e ganhando os soldados rasos, etc., só se colocaram para defender abertamente o PT que, como toda burguesia nativa, teme mais a revolução que um intervenção direta do imperialismo mediante um golpe bonapartista.Fica claro que a burguesia do PT antes de chamar a classe operária a ganhar as ruas e enfrentar o imperialismo se submete sem nenhum problema como fez Dilma, Lula e todos os representantes do PT.
O revisionismo do marxismo, a cobertura por esquerda da “frente antigolpista”
O PTS-MRT chega ao ridículo e à falsificação do marxismo, para não ficar fora das tropas que sustentam Dilma. Versa toda uma lengalenga como uma cacatua sobre a primavera dos povos e a posição de Marx em 1848 na França, sobre O 18 Brumário de Luís Bonaparte... extrai citações de Trotsky fora do contexto dos anos 1930 para a França... o PTS chegou a falsificar o programa do trotskismo a graus inéditos. É necessário escrever um manual contra sua escola de falsificações e amalgamas contra o marxismo revolucionário.
O PTS afirma que “o governo golpista vem preparar novos ataques”. Mas silencia que Dilma se postulava para aplica-los, inclusive com Lula no gabinete, como garantidor do pagamento da fraudulenta dívida externa do Brasil. Por isso, Dilma lutou até o último momento para se manter no poder, e por isso os mesmo senadores lhe garantiram que possa voltar em 2 anos, se Temer fracassar.
A cada passo, o ecletismo do revisionista choca com eles mesmos. O MRT, o escritório do PTS no Brasil, chama a retomar o caminho das jornadas de luta de 2013 nas ruas. Mas nessas jornadas a consigna que as massas levantaram foi “Eles não nos representam, fora Dilma! ”. Por isso expulsavam de suas mobilizações a esquerda que a sustentava. E por isso o PT e esta esquerda reformista foram romper essas mobilizações acusando-as de fascistas.
Dilma e todos seus amigos estrangularam esse ascenso de 2013. Esgotaram sua possibilidade de engano às massas. Com o começo do crash e da crise econômica, é a oposição burguesa que se antecipa para impedir a derrota de Dilma nas ruas ante um novo embate de massas. Chama as classes médias reacionárias. Põe um novo diretório dos negócios da burguesia no Brasil para atacar com o melhor carrasco que tem a sua disposição.
Com este plano, a burocracia sindical da CUT, que foi governista atacando o ascenso de 2013, passa a ser “opositora” ao governo Temer... para entregar as lutas desde dentro, e daí conter melhor às massas ante o ataque de Temer. Este é o plano burguês. O plano do PTS é utilizar o marxismo para cobri-lo por esquerda.
O PTS ficará para a história como um dos mais ferozes combatentes “contra os golpes de Estado” que não chamam ao armamento generalizado das massas. Isto os converte em uns vulgares charlatães. Estão no Brasil, cujas forças armadas invadem o Haiti como parte da ONU... onde as polícias assassinas não se cansam de matar operários todos os dias. O que não será capaz de fazer com os trabalhadores e suas lutas a burguesia e o imperialismo se deteve alguns dos diretores das maiores empresas porficar com alguns trocos?
Chamar a derrota de Temer, os “golpistas”, e não chamar as organizações operárias a pôr em pé piquetes e comitês de autodefesa, sem lutar por dissolver a polícia e pôr em pé comitês de soldados, é uma charlatanice democrático-burguesa liberal. O marxismo revolucionário já colocou que defendemos, inclusive, a mais mínima das conquistas democráticas das massas com o método da revolução proletária. Tudo além disso é charlatanice barata de gente que há tempos rompeu com o trotskismo.
O PTS chama as organizações operárias que se dizem “socialistas” do Brasil a “enfrentar os golpes” como fazia Trotsky nos anos 1930 em “um programa de ação para França”, onde pedia as correntes que adiram ao “socialismo democrático” que “sejam fiéis às suas ideias, que não se inspirem nos métodos da III República, senão nos da convenção de 1793! Parece mentira que se queira falsificar o bolchevismo. Este era o diálogo do trotskismo com o operário que seguia o partido socialista francês quando a França era ameaçada por um putsch bonapartista e o fascismo. O que propunha o trotskismo a eles? Utilizar os métodos da convenção de 1793 da revolução burguesa na França. Quais eram os métodos? A guilhotina para o rei e a aristocracia francesa. O PTS tem a guilhotina muito longe de seu programa para “defender a democracia”. Não estamos ante jacobinos da revolução proletária, senão ante vulgares girondinos, postos por seus pares dos partidos social imperialistas da Europa, como o NPA, no PSOL para que legitimem todos eles pela esquerda. Papagaios reformistas e vulgares falsificadores do marxismo.